Após uma campanha nas redes sociais, um bebê de 6 meses, diagnosticado com leucemia com apenas 21 dias de vida, conseguiu um doador de medula óssea. Agora a criança, que é de São Lourenço do Sul, vai terminar o tratamento de quimioterapia em Porto Alegre para seguir o transplante.
Em um vídeo, a agricultora Carla Holz Hubner comemorou a conquista. “Quem está acompanhando a história do Nathanael, sabe da nossa luta para conseguir um doador de medula. Mas graças a Deus, conseguimos! Encontramos o doador compatível.”
Na campanha, ela pedia que os internautas fizessem a doação de medula para atualizar o cadastro nacional, o que poderia ajudar outras pessoas.
“Para quem ainda não se cadastrou, por favor, se cadastre, pois vocês não sabem a angústia que é ficar esperando, depender de alguém, saber que a vida do seu filho está a depender da doação de alguém. E assim como nós estamos vivendo esse momento muito difícil, existem muitas outras pessoas que estão passando o mesmo. Não deixem que esse assunto de doação de medula só se torne importante quando acontece com vocês, quando acontece na sua família.”
A hematologista pediátrica Liane Esteves Daudt explica que, além de doar, é importante que as pessoas que estão cadastradas mantenham atualizados o telefone e o endereço, que são as únicas formas de manter contato entre quem é compatível e quem precisa.
“É importante que o doador que já fez isso alguma vez mantenha seu contato e endereço atualizado. Ao longo de todos os anos que o seu exame vai estar disponível para a consulta, é importante que o hemocentro volte a localizá-lo”, salienta, dizendo que a espera pode durar até 10 anos.
Nathanael, filho de Carla, é mais uma das cerca de 1,2 mil pessoas que esperam por um transplante de medula óssea no país. Mais de 4 milhões estão cadastradas como doadoras, mas o número teria que ser muito maior.