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PF indicia ex-dirigentes do Banrisul e empresário por fraude em empréstimos

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A Polícia Federal (PF) indiciou dois ex-dirigentes do Banrisul e um empresário por suspeita de fraude em financiamentos do banco. O indiciamento é pelos crimes de corrupção ativa e passiva, obtenção de financiamento mediante fraude e gestão temerária/fraudulenta.

Segundo a investigação, conduzida pela delegacia de Santa Cruz do Sul, um então diretor e um então superintendente regional atuaram para burlar normas do Banco Central e regras de governança interna do Banrisul, viabilizando operações de crédito superiores a R$ 17 milhões.

O financiamento foi dado a um grupo empresarial administrado por gestor “insolvente perante o Fisco” e o próprio banco – o que, segundo a PF, é causa impeditiva para renovação de empréstimos. Em contrapartida, um dos dirigentes teria recebido valores indevidos, pagos sob a forma de um negócio simulado de arrendamento de terras.

A investigação é decorrente da terceira fase da Operação Huno, deflagrada em 22 de julho de 2016, com cumprimento de mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul. Um deles chegou a ser cumprido no próprio Banrisul.

O banco afastou o então diretor do cargo após o início da investigação – oficialmente, ele renunciou em 3 de agosto de 2016. A Operação Huno combate o mercado clandestino de cigarros.

Na terceira fase, a PF desconfiou de transações financeiras realizadas por uma das pessoas presas na segunda etapa da operação, realizada em março de 2016. O suspeito é empresário do ramo fumageiro e teria efetuado diversos empréstimos fraudulentos em instituições financeiras.

Contraponto

Procurado, o Banrisul informou, por meio da assessoria de imprensa, que “acompanhou o assunto, já tendo adotado as medidas cabíveis”. A nota também informa que “os empregados não integram mais o quadro do Banco”.

Operação Huno

Nas fases anteriores da Operação Huno, a PF prendeu 21 pessoas e cumpriu 59 mandados de busca e apreensão. Além disso, foi determinado judicialmente o sequestro e arresto de 59 imóveis, 47 veículos e contas bancárias – patrimônio que totaliza aproximadamente R$ 79 milhões.