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Imbróglio

Primeira Câmara do TCE determina que leilão da  Corsan seja anulado

No entanto, a privatização não vai ser revertida de forma imediata, porque o governo vai recorrer ao Tribunal Pleno da corte de contas do RS
Rompimento em rede deixa Centro de Dom Feliciano sem água
Rompimento em rede deixa Centro de Dom Feliciano sem água. Foto: Divulgação | Corsan

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) concluiu na tarde desta terça-feira o julgamento do processo relativo à privatização da Corsan. Por 2 votos a um, foi decidido pela anulação do leilão, que teve o Consórcio Aegea como vencedor. O conselheiro Estilac Xavier votou com a relatora, a conselheira-substituta Ana Cristina Moraes. O voto contrário foi do conselheiro Renato Azeredo. 

No entanto, a privatização não vai ser revertida de forma imediata, porque o governo vai recorrer ao Tribunal Pleno da corte de contas do RS. Sete conselheiros têm direito a voto. A PGE  informou por meio de uma nota que está analisando a decisão e avalia o recurso a ser movido.

Durante 1h20 minutos, a conselheira-substituta Ana Moraes concluiu a leitura do seu voto complementar, que ratifica o entendimento de julho, quando defendeu a anulação do leilão da Corsan. No relatório, Ana recomenda ao Estado que refaça o leilão, incluindo uma cláusula de correção monetária. Ana Moraes também solicita à Aegea que evite adotar medidas de alienação do patrimônio da companhia. 

A relatora  manteve o entendimento de  que houve problemas na avaliação do preço de venda da Corsan, que podem ter afastado a concorrência do leilão em dezembro de 2022, quando a Aegea arrematou a estatal em lance único.

A proclamação do resultado ainda não tinha ocorrido porque na última sessão em que a Primeira Câmara tratou do assunto, no final de agosto, a conselheira substituta Ana Moraes estava em férias, e os magistrados decidiram aguardar o retorno para anunciar a decisão colegiada.

A Corsan foi vendida para o Consórcio Aegea por R$ 4,151 bilhões, 1,15% acima do lance mínimo fixado pelo governo. O leilão foi realizado em dezembro de 2022. O contrato, porém, foi assinado no dia 7 de julho, após decisão monocrática de Postal. A decisão do presidente foi referendada pelo pleno do Tribunal em 19 de julho, por seis votos a dois. Os dois votos contrários foram justamente o de Estilac e de Ana Moraes.