Moradores de diversos bairros registraram um mau cheiro na tarde desta segunda-feira (13), em Camaquã. Conforme mensagens enviadas à emissora e manifestações nas redes sociais, o odor teria começado por volta de 18h, principalmente próximo à BR-116, se espalhando por outros pontos da cidade.
O mau cheiro já havia sido registrado no mesmo período do ano passado. Na época, o que teria motivado odor foi a aplicação de adubo orgânico em uma propriedade rural, próximo da área urbana do município. Em entrevista ao programa Primeira Hora desta terça-feira (14), Rafael Egewarth, responsável técnico da Folhito, uma das empresas que produz o adubo no Estado, e com depósito no município de Cristal, o odor registrado ontem não tem relação com a empesa.
“Nós acreditamos que o mau cheiro não tenha relação com o nosso produto. Nós não comercializamos para nenhuma propriedade próximo da área urbana recentemente”, afirma. “A gente sempre gosta de ser lembrado pela produtividade que nosso produto traz. O produto é orgânico, respeita normas da Fepam, Ministério da Agricultura e outros órgãos que nos audita. Apesar do mau cheiro que pode ser causado no momento da aplicação, os benefícios são muito grandes para o produtor e o meio ambiente”, destaca o agrônomo.
Com sede em Lajeado, a unidade da empresa fica distante cinco quilômetros da área urbana. “A gente movimenta de cinco a seis mil toneladas do produto por mês aqui na empresa, e mesmo assim não temos problemas com odores na cidade”, afirma. “Na unidade do Cristal, movimentamos cerca de um a duas mil toneladas, e a unidade está há cerca de três quilômetros da cidade, também sem problemas”, destaca. Mesmo que tivesse relação do odor com o adubo orgânico, o engenheiro agrônomo explica que não traria mal à saúde. “Apesar de cheiro desagradável quando aplicado, o adubo não causa problemas à saúde, já que não se trata de produto tóxico”, finaliza Egewarth.
Confira a entrevista com Rafael Egewarth, responsável técnico da Folhito:
