Search
[adsforwp-group id="156022"]
Operação

Operação Mercado combate crime de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

A ação contou com o apoio do Instituto Geral de Perícias.
Polícia Civil
Polícia Civil

Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Civil deflagrou a Operação Mercado, no combate a crime de lavagem de dinheiro oriundo de tráfico de drogas, realizado por empresa sediada em São Leopoldo. Ordens judiciais foram cumpridas em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Canoas e Uruguaiana. A ação contou com o apoio do Instituto Geral de Perícias.

A operação, que tem investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, apurou que traficantes do interior do estado do Rio Grande do Sul realizavam remessas de dinheiro em favor de um supermercado, sediado em São Leopoldo. Essa mesma empresa mantinha relações com outros indivíduos e empresas também investigadas por lavagem de dinheiro, no Rio Grande do Sul e no estado de São Paulo.

Nesta manhã, 11 contas foram bloqueadas judicialmente, no limite total de R$168.000.000,00 (cento e sessenta e oito milhões de reais). Nas buscas, foi preso em flagrante o principal investigado, que estava na posse de um arsenal de armas ilegais e munições, junto de grande quantidade dinheiro em espécie, totalizando 25 mil reais.

Durante as investigações, o grupo identificado chegou a movimentar R$ 473.616.667,80 (quase meio bilhão de reais) em transações suspeitas de lavagem de dinheiro e delitos de evasão fiscal. Segundo Relatório Técnico, elaborado pelo Laboratório de Tecnologias de Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil, ficou comprovado que existiram transações financeiras/bancárias de natureza suspeita, como fracionamento de depósitos de valores, contas de passagem e gastos excessivos via cartões de crédito. Também houve transações em criptoativos ou destinação de valores para entidades financeiras/bancárias do exterior.

Durante este período, ainda foram identificadas transações bancárias no mercado imobiliário, depósitos em dinheiro não identificados e movimentações financeiras expressivas entre pessoa física investigada e pessoas jurídicas (terceiros).

Segundo o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, existia movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, com as atividades econômicas, ocupação profissional e capacidades financeiras dos investigados, servindo de indicativos de lavagem de dinheiro. Ainda conforme o delegado, ocorria a “mescla” ou “commingling”, que é a prática de misturar recursos ilícitos com os recursos legítimos.

Tags: Draco, Polícia Civil