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Brigada Militar vai manter policiamento reforçado após julgamento de Lula

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A Brigada Militar (BM) pretende manter o policiamento reforçado em Porto Alegre até domingo. Segundo o comandante da BM no Estado, coronel Andreis Silvio Dal’Lago, cerca de 20% dos 2,2 mil policiais militares que integraram o esquema de segurança devem continuar na Capital neste período em razão da maior circulação de pessoas. A operação foi montada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) — composto por órgãos municipais, estaduais e federais — durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira (24).

— Muitos vieram para cá para acompanhar o evento e permanecerão na Capital nos próximos dias. Vamos manter um policiamento reforçado em decorrência desse fluxo —afirmou o coronel.

O policiamento seguirá reforçado no entorno do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e em locais como as proximidades do aeroporto Salgado Filho, da rodoviária e em áreas comerciais. Os policiais que devem permanecer em Porto Alegre são parte dos que integraram os Batalhões de Operações Especiais (BOEs). A BM não divulgou o número de exato de policiais.

Logo após o encerramento do julgamento, quando os movimentos sociais começaram a se dispersar, os policiais da Região Metropolitana e do Interior que foram transferidos temporariamente para a Capital iniciaram o retorno para as cidades de origem. Cerca de 600 PMs haviam sido deslocados da Operação Golfinho, no Litoral.

— Já no fim da tarde, com a desmobilização, iniciamos o retorno das tropas. Em relação à Golfinho, parte já está lá e a partir de hoje estamos retomando o reforço no Litoral — disse o oficial.

Logo após o julgamento, os manifestantes pró-Lula começaram a deixar as proximidades do Anfiteatro Pôr do Sol, onde estavam acampados desde o início da semana. Equipes da prefeitura fazem a limpeza do local nesta quinta-feira (25). Pelo lado favorável à condenação de Lula, uma manifestação ainda foi realizada no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, para comemorar a condenação.

Sem confrontos

Para o comandante da BM, o fato do GGI ter entrado em acordo com os movimentos sociais para que as manifestações fossem realizadas de forma pacífica foi fundamental para evitar episódios violentos:

— Era uma situação bastante complexa, mas houve planejamento antecipado e união das instituições. Todos queriam um resultado positivo. Ninguém desejava qualquer tipo de confronto. O secretário (da Segurança, Cezar Schirmer) capitaneou esse acordo. Os movimentos socais cumpriram rigorosamente o que foi acordado.

Sobre os episódios envolvendo queima de pneus, como na Avenida Azenha, no fim da tarde de quarta-feira, que resultou na prisão de um grupo de suspeitos, o comandante considerou que foi um caso isolado:

— Não tivemos nenhum incidente em relação aos movimentos sociais. Foi algo isolado feito por um grupo pequeno, que colocou fogo em pneus. Não credito isso aos movimentos sociais organizados, que protestaram adequadamente. A expectativa de medo criada pelas redes sociais, de forma equivocada, não se confirmou.

O entorno do TRF4

Os bloqueios no trânsito no entorno do TRF4 foram removidos ainda na noite de quarta-feira. Os órgãos públicos federais localizados nas proximidades e a Câmara Municipal de Porto Alegre retornaram ao expediente normal nesta quinta-feira.