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Brasil ganhou mais de 5 mil milionários em 2017

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O número de milionários no Brasil cresceu em 2017. Só no ano passado, 5.385 pessoas passaram a ter mais de R$ 1 milhão investidos no País, o que representa um aumento de 4,8% em relação ao ano anterior.

Ao todo, o país conta com 117.421 investidores nesse patamar. Esse grupo é atendido pelo segmento de private banking e tem aplicados R$ 964 bilhões. Esse número equivale a 36% de todo o investimento de pessoas físicas no Brasil, que totalizou em dezembro R$ 2,658 trilhões, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

“O volume de recursos desse público cresceu 15,9%. É um crescimento bastante robusto e foi acima da média do CDI do período. A previdência privada manteve a sua expansão, mas também tivemos um crescimento grande dos fundos, em especial o de ações”, afirmou João Albino, presidente do comitê executivo de private banking da Anbima.

Esses clientes estão divididos em grupos econômicos, na prática, é o termo que os bancos usam para se referir à administração de recursos de uma mesma família. Ao todo são 56.619 grupos econômicos e a média de aplicações é de R$ 17 milhões. “Para 2018, estamos otimista com a retomada da economia. A indústria de private cresce com bons momentos econômicos. Devemos ter mais aberturas de capital, fusões e aquisições e distribuição de dividendos maiores, o que ajuda (na criação de valor para os investidores)”, avaliou.

Mas não foi só entre os milionários que houve crescimento em recursos aplicados e novos investidores, os segmentos de varejo tradicional e alta renda (em geral, renda acima de R$ 10 mil) também apresentaram expansão no ano passado, que totalizaram R$ 1,694 trilhão em investimentos, expansão de 9,5%.

Assim como no private, o varejo também viu um crescimento maior dos fundos de investimento, com busca de alternativas de maior risco, como ações e multimercados. Os recursos, no entanto, estão concentrados na caderneta de poupança, que responde por mais de um terço do total investido.

“A tendência com a Selic menor é a busca por produtos de maior risco, como os fundos ativos, que podem ser multimercados ou de ações. Vemos também um crescimento de papéis como os certificados de recebíveis imobiliários e agrícolas (CRIs e CRAs) e as debêntures incentivas. Há isenção fiscal, mas o risco é do emissor. Mas não vamos esquecer da poupança tradicional, que é sempre opção do cliente do varejo tradicional mais conservador”, explicou José Rocha, presidente do comitê de varejo da Anbima.