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Tarso Genro fala do potencial gaúcho para empresários franceses

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O governador Tarso Genro será o principal orador brasileiro durante o jantar anual da Câmara de Comércio do Brasil na França (CCBF) na terça-feira (06), às 19h30, no Hotel Jorge V, em Paris. Ele participa da atividade a convite do embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani. 

Para o embaixador, é crescente o interesse dos empresários franceses no Brasil, sendo um momento apropriado para estabelecer contatos e mostrar as potencialidades gaúchas. “Há muito ainda por fazer para apoiar as empresas. A Câmara goza de posição privilegiada para continuar a prestar inestimável contribuição ao fortalecimento nas relações bilaterais”, disse Bustani ao convidar o governador para a atividade. 

O RS é o quinto Estado brasileiro que mais exporta para a França e o sexto que mais importa. As exportações em 2011 cresceram 139,35% em relação a 2010 e as importações caíram 13,83% no mesmo período. Com relação ao Brasil, a França é o 14º principal destino das exportações brasileiras e a 10ª origem das importações. 

A CCBF foi criada em 2009 para contribuir no adensamento das relações econômico-comerciais bilaterais. Desde então, trabalha em estreita sintonia com o governo brasileiro. A entidade tem realizado um variado programa de atividades voltadas à intensificação dos contatos entre o empresariado francês e brasileiro.

No encontro de terça-feira (06), serão homenageados o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, e o presidente do Grupo Casino, Jean-Charles Naouri. Anualmente, a CCBF destaca uma personalidade francesa e outra brasileira pelas contribuições à promoção do comércio e investimentos entre os dois países. 

No jantar anual da CCBF em 2011, os oradores foram o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e a ministra da Economia da França, Cristine Lagarde. Os homenageados foram o presidente da TAM, Líbano Barroso, e o presidente da Technip, Thierry Pilenko. Em 2010, o orador principal foi o Ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Koucher, e os homenageados o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, e o presidente da FDR Suez, Gerar Mestrallet. 
 
Interesse crescente no RS 
A Câmara conta com mais de 60 empresas entre seus membros, das quais cerca de 20 participam do CAC 40, grupo de companhias abertas de melhor performance financeira da França, importantes investidores no Brasil, onde figuram por exemplo o Carrefour e a Alstom. 

Negócios e desenvolvimento sustentável 
Durante a missão de três dias na França, o governador também visitará a direção de empresas como a Alstom, que tem investimentos em Canoas. 

Na quarta-feira (07), o governador participa do seminário “Desenvolvimento econômico e social com a energia do território”, tendo como debatedor o professor da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, Ignacy Sachs. Participam ainda os secretários da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov; de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, e o presidente da Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Marcos Coester. 

O economista Ignacy Sachs é referência mundial na defesa do desenvolvimento sustentável, termo criado por ele. Há mais de 40 anos, ele defende que o desenvolvimento ambiental não pode ser dissociado das questões sociais e econômicas. Porém, aponta que o Estado deve regular o mercado, que de modo geral não leva em conta custos sociais e ambientais. Sachs participou da Rio+20 realizada neste ano no Brasil, assim como das outras duas grandes conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente: Estocolmo 72, Rio92. 

Ignacy Sachs tem grande identidade com as questões brasileiras. Nascido na Polônia em 1927, veio para o Brasil aos 14 anos. Formou-se em economia na Universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro. Em 1954, voltou à Polônia e depois fez doutorado na Universidade de Nova Delhi, na Índia. Mais tarde, sua ligação com o Brasil fez com que ele fundasse em 1985, na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, o Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo.