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Ceasa espera normalizar abastecimento nos próximos dias em Porto Alegre

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Após 11 dias de paralisação, a desmobilização dos caminhoneiros fez com que cargas de alimentos começassem a chegar à Ceasa em Porto Alegre. Muitos caminhões desembarcaram as mercadorias na madrugada de quinta-feira (31), após serem escoltados pela Brigada Militar, e a expectativa é de que os mercados de todo o Rio Grande do Sul sejam totalmente reabastecidos nos próximos dias.

“Hoje [quinta-feira], naturalmente, já vamos chegar a muitas partes do interior, mas para ficar com o abastecimento normal, precisamos de três dias”, afirma o presidente da Ceasa-RS, Ernesto Teixeira.

Os preços de alguns produtos, que tinham praticamente dobrado, aos poucos voltam aos patamares de antes da mobilização. “A batata, na época, antes da greve, nós estávamos vendendo por R$ 30 o meio [20 kg] de batata. A gente já vendeu a R$ 80, e agora estamos reduzindo todo dia. Hoje a R$ 60, amanhã já é menos”, explica o gerente Márcio Ribeiro.

No pavilhão de hortifrutigranjeiros, nesta quinta-feira (31), o cenário é completamente diferente dos últimos dias. A maioria dos produtores já conseguiu repor praticamente toda a mercadoria. Depois de três, quatro dias, sem vender nada, a torcida agora é para que o comprador compareça, atenuando o prejuízo. Alguns produtores estão até dando descontos.

“Vamos fazer o quê? Se aumentar, nós não conseguimos vender”, afirma o produtor Carlos Schneider.

Gás de cozinha

Em Passo Fundo, na Região Norte, o feriado foi de muito trabalho nas revendedoras de gás. Sem o produto desde sexta-feira (25), uma empresa ficou fechada quase uma semana. Com o fornecimento normalizado, em menos de duas horas, mais de 400 botijões de gás foram vendidos.

“Ontem (quarta-feira), a gente foi até altas horas para que realmente pudesse dar o retorno que o gás chegou. Mas, hoje (quinta-feira), já começou a normalizar aqueles pedidos que não foram entregues”, afirma o gerente da revendedora, Marlon Costa.

Em Santa Rosa, na Região Noroeste, os moradores ainda estão sem gás de cozinha. Algumas distribuidoras não têm o produto, e outras estão com os estoques muito baixos. Proprietário de um restaurante, Antônio Krein diz não saber o que fazer.

“De nada adiantaria nós termos todos os demais insumos se não tivermos o gás para produzir, então, é uma situação bem preocupante”, explica.