No último dia 12, com o avanço da epidemia de dengue, o Rio Grande do Sul decretou situação de emergência em saúde pública. O Estado já soma 37 mortes pela doença, com27.841 casos confirmados, dos quais 23.640 são autóctones, que é quando contágio aconteceu dentro do Estado. Em entrevista para a Rádio Acústica FM, o médico infectologista, Vinícius Monteiro, falou na manhã desta sexta-feira (22), sobre o avanço do vírus, sintomas e meios para a prevenção.
Monteiro destaca que a epidemia neste ano está em um estágio preocupante e há uma perspectiva de uma onda crescente de casos no Brasil. Fatores como clima, chuvas e temperatura favoreceram para o desenvolvimento do vírus.
No Brasil há quatro sorotipos de dengue e isso favorece que cada pessoa contraia o vírus até quatro vezes. Ele enfatiza que a pessoa ao contrair o vírus a partir da segunda vez, está sujeita a complicações graves.
Vacinas contra a dengue no RS
Questionado sobre a vacinação contra a dengue e a perspectiva de imunizações através da rede pública no Estado:
“O Ministério da Saúde adquiriu em torno de cinco milhões de doses da vacina. Com isto foi necessário planejar a distribuição com base em locais de maior necessidade. Quando pegamos o Rio Grande do Sul, que tem um aumento de casos e pegamos um histórico dos últimos anos, ainda há estados com maior número de casos. Isso reforça a necessidade de medidas de proteção, com cuidados ambientais, monitoramentos do governo e a responsabilidade da população com precauções e denúncias de possíveis focos”, diz o especialista.
No Rio Grande do Sul, o imunizante está disponível em clínicas particulares, onde a população pode adquirir a vacina. O médico destaca que há uma taxa de vacinação abaixo do esperado no país e vê a situação como um fator preocupante no combate ao vírus.
Medidas de proteção
O infectologista explica que o transmissor da dengue é o mosquito fêmea do tipo Aedes aegypti. É um mosquito com uma circulação diurna, em ambientes de preferência urbanos.
O uso de roupas compridas e telas em janelas, são algumas das recomendações de Monteiro. Sobre o uso de repelentes, o médico enfatiza:
“O ideal é utilizar o produto em spray, porque ele cria uma nuvem de proteção na pessoa. Aplique na pele após a vestir a roupa, aplique por cima”, explica o infectologista