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Estados do Sul reivindicam mais atenção no enfrentamento à gripe

Antecipação e ampliação da campanha de vacinação, recursos para o reforço da rede de assistência e ações para o fortalecimento da distribuição do tratamento são algumas das reivindicações dos três Estados do Sul junto ao Ministério da Saúde (MS) para o combate à gripe em 2013. Os pontos, que integram um documento técnico assinado pelos representantes das Secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, serão discutidos em reunião com o Governo Federal, na próxima sexta-feira (23), em Brasília. 

O documento foi elaborado em reunião técnica sobre síndromes respiratórias, que reuniu os secretários e as equipes das três secretarias em Florianópolis, no dia 7 de novembro. O secretário da Saúde do RS (SES), Ciro Simoni, explica que as medidas reivindicadas levam em conta as características climáticas e o perfil epidemiológico que indicam a necessidade de enfrentamento diferenciado contra a gripe na região Sul. 

Em 2012, a gripe A (H1N1) vitimou 183 pessoas na Região Sul: 40 mortes no Paraná, 67 no Rio Grande do Sul e 76 em Santa Catarina. 

Confira as principais questões que serão discutidas com o Ministério da Saúde: 

Tratamento 
Em relação ao tratamento com o antiviral Oseltamivir (conhecido como Tamiflu), a proposta é consolidar a estratégia já adotada, que recomenda o uso do medicamento em síndromes gripais mesmo sem diagnóstico laboratorial. O tratamento precoce, realizado até nas primeiras 48 horas de sintomas, pode evitar o agravamento e, consequentemente, diminui as chances de óbito. 

O documento também propõe facilitar a dispensação do medicamento, com distribuição 24 horas em pontos estratégicos de acesso. 

Vacinação 
Os Estados propõem a antecipação da campanha de vacinação para a primeira quinzena de abril e a priorização da Região Sul na distribuição dos lotes da vacina. A reivindicação inclui a manutenção dos grupos já beneficiados – crianças (menores de dois anos), idosos (maiores de 60 anos), gestantes, população indígena, população prisional (penitenciárias) e profissionais de saúde – e a inclusão de novos grupos – crianças com idade entre dois e cinco anos, doentes crônicos cadastrados em programas de saúde, população albergada, cuidadores e população prisional (delegacias). 

Assistência 
Considerando o aumento do número de consultas e de internações por síndrome respiratória no inverno, as secretarias solicitam mais recursos do MS para aplicação direta na área de assistência. A intenção, com a medida, é garantir a ampliação de leitos de UTI, a aquisição de equipamentos necessários, como oxímetros de pulso e aparelhos de ventilação mecânica, e a ampliação do horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS), entre outras ações. 

Comunicação 
O documento indica a necessidade de uma campanha educativa nacional sobre a gripe, direcionada tanto à população em geral, com informações sobre as medidas preventivas e formas de acesso ao tratamento, quanto aos profissionais de saúde, com embasamento técnico para os procedimentos indicados na assistência aos pacientes.