Pela primeira vez na história do Brasil, as mulheres poderão ingressar na carreira militar através do alistamento, abrindo as portas para que sirvam como soldados nas Forças Armadas, mediante alistamento. A decisão, tomada pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em conjunto com os comandantes militares, representa um passo importante para a igualdade de gênero e o reconhecimento do potencial feminino na defesa do país.
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A partir de 2025, as mulheres que completarem 18 anos poderão se alistar, seguindo um modelo similar ao serviço militar masculino, porém sem a obrigatoriedade de se apresentarem às Forças. A iniciativa visa integrar as mulheres em todas as áreas do serviço militar, incluindo a infantaria, combatendo a antiga visão de que elas se limitariam a funções de enfermagem e escritório.
Alistamento ainda tem regras em debate
O debate sobre a quantidade de vagas reservadas às mulheres ainda está em curso. O Ministro Múcio havia proposto que as vagas alcançassem 20% das 85 mil abertas anualmente, enquanto o Alto Comando do Exército sugere um número inicial entre 1.000 e 2.000 vagas em 2025, com crescimento gradual até 5.000. As justificativas para essa diferença incluem a incerteza sobre a demanda feminina e a necessidade de adaptar as instalações para recebê-las.
Apesar das divergências, o alistamento feminino representa um avanço significativo na representatividade das mulheres nas Forças Armadas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se manifestado em favor da igualdade de oportunidades, através de ações no Supremo Tribunal Federal (STF), buscando eliminar as barreiras à participação feminina em todas as áreas do serviço militar.
A abertura do alistamento militar para mulheres está sendo apontado como um passo importante para a construção de um futuro mais justo e equitativo, onde as mulheres possam contribuir ativamente para a defesa da nação com todo seu potencial.