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Greve continua

Greve no IFSul de Camaquã segue por tempo indeterminado

Comunidade escolar reclama falta de diálogo do movimento grevista

Na noite desta segunda (10), ocorreu uma reunião no auditório do IFSul Campus Camaquã, promovida por integrantes do movimento de greve. O encontro teve o objetivo de informar a comunidade escolar, sobre a pauta de reivindicação e o andamento das tratativas com o Governo Federal.

Greve no IFSul de Camaquã segue por tempo indeterminado
Foto: Gil Martins/Acústica FM

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Pais e alunos presentes no ato, reclamam a falta de diálogo do movimento grevista com a comunidade escolar. A reclamação é de que o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), não conversou com pais e estudantes antes de iniciar a paralisação, que começou no dia 03 de abril, pouco tempo após o início das aulas.

O Sindicato por sua vez, tentou argumentar que informa os passos do movimento grevista através de seu site e de suas redes sociais, o que segundo a maioria dos presentes, é insuficiente para alcançar de fato a comunidade escolar do Campus Camaquã.

A frustração por parte dos pais e alunos, ocorreu principalmente quando os sindicalistas disseram que ainda não há uma data programada para o retorno das aulas na instituição local. A greve vem causando transtornos para todos os alunos da instituição, que estão a mais de dois meses sem poder assistir às aulas, o que certamente trará prejuízos ocasionados pelo cancelamento do calendário escolar.

Lula critica prolongamento da greve dos docentes federais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta segunda-feira (10), o prolongamento da greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais e afirmou que o montante de recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para recompor os salários dos docentes e servidores é “não recusável”.

Na ocasião, o presidente anunciou R$ 5,5 bilhões em recursos do Ministério da Educação (MEC) para obras e custeio do ensino técnico e superior e a construção de dez novos campi de universidades e de oito novos hospitais universitários federais.

Para Lula, greve tem tempo para começar e também para terminar e é preciso que as lideranças sindicais tenham “coragem de acabar com a greve”.

Balanços das entidades mostram que a paralisação alcança mais de 560 unidades de ensino de 26 unidades federativas. Eles pedem, entre outras medidas da contraproposta, a recomposição dos salários em 4,5% ainda este ano.

Negociação

No último dia 3 de junho, representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) se reuniram com representantes do governo federal.

O encontro ocorreu uma semana após a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) ter assinado um acordo com o MGI, sem a aprovação das outras principais entidades, que têm registro sindical e representam a maioria dos docentes e servidores, o que provocou uma divisão nas categorias. O acordo foi feito em cima de uma contraproposta classificada pelo governo como “proposta final”, mas uma decisão liminar da Justiça Federal de Sergipe anulou o acordo firmado entre o governo federal e a Proifes.

Os servidores técnico-administrativos têm mais uma rodada de negociação com o governo prevista para amanhã (11). Com os professores federais, deve ocorrer na próxima sexta-feira (14). O MGI ressaltou que as pautas em discussão não serão remuneratórias.

Proposta

Em 15 de maio, a pasta apresentou o que chamou de proposta final. O governo oferece aumentos de 13,3% a 31% até 2026, com os reajustes começando em 2025. As categorias que recebem menos terão os maiores aumentos. Quem ganha mais terá menor reajuste.

Com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total, informou o MGI, ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. A pasta ressaltou que o governo melhorou a oferta em todos os cenários e que os professores terão aumento acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026.

A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Somado ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal no ano passado, o aumento total chegaria a 21,5% no acumulado de quatro anos.

https://www12.senado.leg.br/noticias/videos/2024/06/greve-funcionarios-de-universidades-debatem-paralisacao-de-quase-3-meses

Tags: Brasil, Camaquã, Docentes, Federais, greve