No programa Primeira Hora desta quarta-feira (19), o urologista Rafael Fraga participou de sua seção semanal na Rádio Acústica FM para discutir um tema que afeta muitas mulheres: a perda de urina. Fraga destacou que a incontinência urinária é significativamente mais comum em mulheres do que em homens, especialmente após os 50 anos.
Segundo o especialista, aproximadamente 30% das mulheres acima de 50 anos e 50% das mulheres acima de 60 anos sofrem de incontinência urinária. As causas principais estão ligadas à idade, ao número de gestações e a outras condições de saúde:
“Mulheres que tiveram vários filhos, especialmente com gestações complicadas, podem experimentar um deslocamento da válvula que controla a urina, resultando em perdas frequentes,” explicou Fraga.
Fraga também mencionou que problemas neurológicos, como acidentes vasculares cerebrais, podem afetar o controle da bexiga, levando à incontinência. Além disso, condições temporárias como fraturas que exigem imobilização prolongada ou infecções urinárias podem causar perdas de urina transitórias:
“Tratar a infecção urinária geralmente resolve o problema,” afirmou ele.
Algumas causas da incontinência urinária são definitivas e requerem intervenção médica específica:
“Mulheres com múltiplas gestações e aquelas que passaram pela menopausa podem precisar de cirurgia para reposicionar a válvula e restaurar a continência,” disse Fraga. Outros tratamentos incluem fisioterapia e medicação, especialmente para casos de bexiga hiperativa em mulheres mais velhas.
Fraga enfatizou a importância de buscar ajuda especializada ao apresentar sintomas de incontinência urinária, ressaltando que muitos casos têm tratamento e que ignorar o problema pode afetar significativamente a qualidade de vida:
“A vergonha de discutir o problema não deve impedir as mulheres de procurar um especialista, pois o tratamento adequado pode fazer uma grande diferença,” concluiu o urologista.
