A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (DENARC), prendeu um homem em flagrante na zona norte de Porto Alegre no final da tarde de domingo (30). A ação, coordenada pelo Delegado Gabriel Borges, foi resultado de uma investigação de 30 dias sobre tráfico de drogas e venda de joias.
De acordo com o delegado Borges, a investigação começou após informações de que um homem, que se passava por vendedor de joias de ouro, estava fornecendo drogas de alta pureza para a tele-entrega de entorpecentes em Porto Alegre e na região metropolitana. As denúncias apontavam que ele utilizava o dinheiro obtido com a venda das drogas para comprar ouro, que era então revendido para dar uma aparência lícita aos lucros do tráfico.
Durante o monitoramento, os policiais constataram que o suspeito vendia joias para artistas e atletas do futebol, ao mesmo tempo em que fornecia drogas para clientes seletos de alto poder aquisitivo. No domingo, o homem foi abordado ao retornar ao seu apartamento no bairro Humaitá, carregando uma sacola grande. Dentro da sacola, foram encontrados vários sacos de maconha do tipo “camarão”, conhecida por seu alto teor de THC e elevado valor de mercado.
Os policiais então ingressaram no apartamento do suspeito, onde encontraram equipamentos para a produção de joias, como impressoras, fornos, moldes e ponteiras, além de envelopes e caixas para armazenamento das joias. Diversas peças de ouro prontas para venda também foram apreendidas.
No local, também foram encontrados cerca de 1 kg de maconha “camarão”, avaliada em aproximadamente 30 mil reais, 23 kg de um pó branco semelhante a insumo para a produção de cocaína, uma pistola calibre 9mm com numeração suprimida, carregadores, munições, um giroflex, balanças, celulares e mais de 5 mil reais em dinheiro. Além disso, o veículo de luxo do suspeito, avaliado em 200 mil reais e utilizado para atividades de narcotráfico, foi apreendido.
O preso, de 33 anos, tem antecedentes por tráfico de drogas, porte de arma de fogo de uso restrito, furto qualificado e estelionato, e foi conduzido ao sistema prisional. Segundo o Delegado Borges, a compra e venda de ouro e pedras preciosas é uma prática comum para lavar dinheiro do tráfico de drogas devido ao alto valor e à facilidade de ocultar a origem dos bens.
A operação faz parte da estratégia de enfrentamento às organizações criminosas e combate ao narcotráfico, visando a descapitalização do crime organizado e a responsabilização criminal de suas lideranças. A investigação continua para identificar e responsabilizar outros membros do grupo criminoso e verificar a licitude das transações de joias.
Denúncias para Porto Alegre e Região Metropolitana
Para denúncias, o Disque-Denúncia do DENARC está disponível pelo número 08000 518 518.
