O MDB Mulher do Rio Grande do Sul lidera um movimento pela anistia das parcelas da dívida do estado com a União por 36 meses. Nesta terça-feira (02), a líder das emedebistas gaúchas, Cristiane Lohmann, e a presidente do MDB Mulher Nacional, Kátia Lobo, se reuniram com o presidente da sigla, deputado federal Baleia Rossi (SP), em busca de um reforço na articulação junto ao governo federal. O encontro oficializou a entrega de um documento que reúne moções de 315 Câmaras de Vereadores em apoio ao pleito – entre elas, a de Camaquã.
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O esforço começou em 17/05 como uma iniciativa das vereadoras do MDB, ganhou força com a adesão dos vereadores e se consolidou com o apoio de mandatários de outros partidos. Além das 315 moções já aprovadas, outras seguem tramitando nos legislativos municipais em diversas regiões. “Uma mobilização suprapartidária que já simboliza a adesão de representantes de aproximadamente 60% da população gaúcha. A proposta é factível e realista. Pedimos, agora, que nosso presidente nacional interceda junto ao governo federal nesta luta”, destacou Cristiane.
MDB Mulher RS busca o apoio de Baleia Rossi em prol da anistia da dívida
Baleia Rossi assegurou o apoio do diretório nacional e o diálogo com a bancada emedebista na Câmara dos Deputados. “Iremos contatar o nosso líder, deputado Isnaldo Bulhões, para que seja remetido um ofício único”, afirmou. O parlamentar sugeriu, também, a aproximação com a bancada do Senado Federal, na figura do líder do MDB na Casa, senador Eduardo Braga (AM).
O movimento visa garantir que os recursos que seriam utilizados para pagar a dívida sejam investidos na recuperação econômica e estrutural do Rio Grande do Sul, proporcionando um alívio significativo para o estado e seus cidadãos. Após esta etapa, um documento será enviado para o Governo Federal e para o Ministério da Fazenda, formalizando o pedido de anistia. Isso ocorre porque a Lei Complementar nº 206/24 prevê a suspensão do pagamento de 36 parcelas da dívida, mas as incorpora ao saldo devedor ao final do período. Embora possa dar um respiro temporário ao estado, a ação ainda resultará na necessidade de quitação de um montante que hoje equivale a cerca de R$ 12 bilhões.
Para Cristiane, o texto recentemente aprovado pelo Congresso Nacional ajuda de alguma forma, mas não resolve o problema dos municípios. “O acumulado, ao final, se transformará em uma bola de neve. Isso trará ainda mais problemas ao Piratini e, consequentemente, a todos os gaúchos. Nossa proposta é que esse valor seja direcionado integralmente para a reconstrução do estado”.
