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Política

Deputados oficiam MP de Contas sobre projetos do governo que reestruturam as carreiras

Lorenzoni e Camozzato apontam que PLs vão desequilibrar as contas publicas
Deputados oficiam MP de Contas sobre projetos do governo que reestruturam as carreiras
Deputados oficiam MP de Contas sobre projetos do governo que reestruturam as carreiras. Foto: Divulgação

Os deputados Rodrigo Lorenzoni (PL) e Felipe Camozzato (NOVO) protocolaram, no Ministério Público de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, ofício alertando o Procurador-Geral Ângelo Borghetti sobre possível manobra fiscal imprudente e gestão temerária por parte do governador Eduardo Leite. Em entrevista para o programa Primeira Hora da Rádio Acústica FM, desta terça-feira (23), Camozzato falou sobre a decisão de recorrer ao MPCRS.

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De acordo com o parlamentar, a medida foi tomada após os deputados conhecerem os projetos do governo que reestruturam as carreiras públicas, reajustam salários e estabelecem contratações temporárias. O alerta ao Procurador Geral se justifica, porque o governador já sabe que, devido à calamidade, a arrecadação do RS vai diminuir e o comprometimento do gasto com pessoal deverá ultrapassar o Limite Prudencial definido na Lei de Responsabilidade Fiscal. Mesmo assim, Eduardo Leite deseja desequilibrar ainda mais as contas públicas, inflando o gasto com funcionalismo antes que seja apurada a queda na arrecadação, antes do fechamento do 2º quadrimestre do ano.

Para Rodrigo Lorenzoni, “até ontem a projeção do impacto nas contas públicas apresentado pelo governo era de R$3 bilhões. Hoje o projeto chegou aqui com uma novidade, já é R$4,5 bilhões. Isso nos obriga a analisar esse projeto com mais profundidade. O Ministério Público de Contas vai tomar ciência e avaliar se estas medidas garantirão ou não segurança fiscal e inclusive se o prazo de discussão é adequado ou não”.

“Sabendo que vai estar superando o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governador pode estar incorrendo numa irresponsabilidade que punirá todos os gaúchos, ou com parcelamento de salários, ou com aumento de impostos. Em 48 horas a gente não consegue nem dizer o que vai ser e isso é o mais grave: como é que nós votaríamos, como deputados, sem saber qual é a consequência dos nossos atos?” questiona Felipe Camozzato.

No ofício ainda estão mencionados o empenho do governador em elevar tributos, aumentando ICMS e a Lei Orçamentária de 2025, que já previa déficit primário de R$ 362 milhões, sem a contabilização dos prejuízos com as enchentes e sem aumento de gasto com pessoal.

Confira a entrevista completa sobre projetos do governo que reestruturam as carreiras

 

Tags: Política, projetos do governo, Rio Grande do Sul