Na manhã desta sexta-feira (23), o Programa Primeira Hora recebeu o pneumologista Marcelo Mallmann para discutir sobre deficiências respiratórias. Na entrevista, o Dr. Marcelo destaca o quão importante é manter o tratamento regularmente em um paciente diagnosticado com esse tipo de deficiência para uma cura rápida e eficaz.
Trazendo o enfoque para pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) durante o inverno, o especialista conta que, nesta época do ano, o clima está mais favorável para a proliferação de vírus e bactérias, tornando os cuidados contra essas doenças ainda mais rigorosos. Com o aumento do tempo dentro de ambientes fechados e com pouca circulação de ar, crises de DPOC podem ser ainda mais recorrentes em pacientes já diagnosticados.
Dessa forma, o pneumologista informa que agora é o momento ideal para que os pacientes e pessoas próximas fiquem atentos aos sintomas que estão altamente ligados a doenças respiratórias crônicas, como piora da falta de ar, febre, aumento de tosse ou expectoração e presença de secreção purulenta esverdeada ou amarela. Se a pessoa tiver um ou mais desses sintomas, somados com a pré-existência de alguma DPOC, ela deve buscar atendimento médico assim que possível e evitar a automedicação com antibióticos. Em casos leves, repouso, hidratação e medicamentos sintomáticos receitados serão suficiente para curar a gripe ou o resfriado do paciente crônico.
Para além do tratamento tradicional com broncodilatadores, o Dr. Mallman discorre algumas recomendações que pessoas com deficiência respiratória podem manter neste período para evitar novas crises ou o desencadeamento de novas enfermidades, como: manter o corpo devidamente aquecido – visto que o frio extremo pode piorar a falta de ar-, hidratar-se o suficiente para manter as vias aéreas úmidas, ter uma dieta saudável e balanceada para fortalecer o seu sistema imunológico e atividade física regular para melhorar a capacidade respiratória.
Pacientes com DPOC também devem ficar atentos as exarcebações (crises) que sofrem, tanto ao longo do inverno, quanto no ano inteiro. O pneumologista informa que, após alguns estudos, foi descoberto que pessoas que apresentam muitas crises de doenças respiratórias crônicas possuem um risco maior de sofrerem embolia pulmonar ou infarto agudo do miocárdio, como consequência.
Por fim, o Dr. Mallmann conclui que, se o paciente seguir todas as indicações médicas do profissional que o acompanha, ele poderá reduzir o risco de complicações ou exarcebações graves, além de melhorar a sua qualidade de vida como uma pessoa com deficiência respiratória crônica.
