A Penitenciária Estadual de Santa Maria (PESM) enfrenta uma grave crise após a divulgação de vídeos que mostram detentos sendo torturados por outros presos dentro da unidade. As imagens, que circulam nas redes sociais, revelam um cenário de violência e desumanidade dentro do sistema prisional gaúcho.
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De acordo com as gravações, pelo menos três homens foram agredidos fisicamente, sendo submetidos a socos, chutes e choques elétricos. Um dos presos, acusado de crimes sexuais, foi obrigado a vestir roupas femininas e a ser chamado por um nome feminino, em meio a chacotas e humilhações por parte dos agressores.
A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário já iniciou uma investigação para apurar os fatos e identificar os responsáveis pelas agressões. As autoridades penitenciárias trabalham para garantir a integridade física dos detentos e coibir qualquer tipo de violência dentro das unidades prisionais.
Violência e impunidade com detentos
Embora os agressores alegassem estar punindo os detentos por crimes sexuais, a Corregedoria ressalta que a justiça deve ser aplicada de forma imparcial e que a prática de tortura é crime inafiançável. Além disso, a identificação dos suspeitos de crimes sexuais é responsabilidade da Justiça, e não dos próprios detentos.
A divulgação dos vídeos gerou grande repercussão nas redes sociais, com diversos comentários condenando a violência e exigindo punição para os responsáveis. No entanto, o Sindicato da Polícia Penal (Sindppen-RS) alerta para os riscos de generalizações e para a necessidade de um tratamento humanizado dos detentos.
Sindicato alerta para os riscos da violência
O presidente do Sindppen-RS, Cláudio Dessbesell, destaca que a violência dentro das unidades prisionais é um problema complexo que exige soluções estruturais. Segundo ele, a superlotação, a falta de pessoal e a ausência de políticas públicas eficazes contribuem para o aumento da tensão e dos conflitos entre os detentos.
