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Economia

Reforma tributária domina pauta no Congresso com expectativa de novas aprovações

Debate no Legislativo levanta preocupações sobre impactos na construção civil e possíveis aumentos de custo para os consumidores
Reforma tributária domina pauta no Congresso com expectativa de novas aprovações
Reforma tributária domina pauta no Congresso com expectativa de novas aprovações. Pedro França/Agência Senado

As discussões sobre a Reforma Tributária ganharam destaque no Congresso Nacional esta semana, com movimentações tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Na Câmara, o foco é o segundo projeto de regulamentação, que trata da criação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

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Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para a reforma tributária

Este comitê terá a função de coordenar a arrecadação, cobrança, distribuição e fiscalização do IBS. O texto principal já foi aprovado, restando agora a análise dos destaques, que devem ser concluídos em breve. Após a aprovação na Câmara o projeto seguirá para o Senado, onde pode sofrer novas alterações. Para entender melhor as implicações dessas discussões, Marden França, advogado especialista em direito tributário explica sobre IBS:

“O IBS está substituindo o ICMS, que é o imposto estadual, e o ICMS é um imposto que possui alíquotas diferenciadas de acordo com os estados. Então esse comitê tem uma função de harmonizar a arrecadação e harmonizar a disputa pelos impostos entre os contribuintes, ou seja, entre as pessoas físicas que pagam seus impostos, as pessoas jurídicas e também os próprios entes governamentais, união, estados e municípios, que terão essa arrecadação a ser definida pelo Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços. Agora, nesse segundo projeto.”

No Senado, o debate continua na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que discute o primeiro projeto de regulamentação da Reforma Tributária. As audiências públicas realizadas recentemente têm gerado preocupações, especialmente no setor de construção civil, que alerta para o possível aumento de custos habitacionais decorrentes das mudanças propostas. Ubiratãn Dias, advogado especializado em Direito Previdenciário, alerta para os possíveis reajustes nos preços de produtos e serviços.

“A unificação de simplificação tributária pode resultar em ajustes nos preços de produtos e serviços, dependendo de como a nova estrutura de imposto afeta a carga tributária sobre diferentes setores. Impacto no custo de vida.  Se os impactos sobre bens e serviços aumentarem, isso pode levar a um aumento nos preços para os consumidores”.

Além disso, há preocupação com o impacto inflacionário que essas mudanças podem gerar, criando um efeito em cadeia na economia. Outro ponto levantado foi o possível aumento do desemprego no setor de construção civil, que pode sofrer com a desindustrialização e a substituição da produção nacional por produtos importados. Ubiratãn Dias ressalta que a estruturação do IBS será determinante.

“Depende de como a IBS for estruturada. Pode haver mudança na carga tributária que inflige sobre a construção civil, o que pode impactar o custo dos projetos e por consequência o preço final das obras. Impacto nos custos de insumos. A tributação sobre insumos em materiais de construção pode ser ajustada, o que pode influenciar o custo dos materiais e, por consequência, o custo total das construções e reformas.  aumento de custos, esse é um item de muita importância. Se o novo sistema resultar em aumento de cargas tributárias sobre alguns serviços ou produtos utilizados pelo setor, isso pode levar a um aumento no custo operacional e, eventualmente, nos preços das obras.”

Com a reforma tributária avançando tanto na Câmara quanto no Senado, o Congresso enfrenta o desafio de encontrar um equilíbrio entre as demandas do mercado e as necessidades da população.

Fonte: Brasil 61

Tags: Congresso, Economia, Política, reforma tributaria