A semeadura de arroz para a safra 2024/2025 no Rio Grande do Sul já alcançou 77,6 mil hectares, de acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga). Embora o número represente 8,1% da área projetada de 948,3 mil hectares, as fortes chuvas dos últimos dias têm atrasado os trabalhos e gerado preocupações entre os produtores.
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Conforme o Irga, a Fronteira Oeste é a região que mais avançou no plantio, com 75 mil hectares já semeados, o equivalente a 26,7% do total estimado. Na região Central, o número é de 1,3 mil hectares, representando 1% dos 125,8 mil hectares previstos.
“Apenas os arrozeiros da Zona Sul ainda não iniciaram a semeadura devido às fortes chuvas”, explica Luiz Fernando Siqueira, gerente da Extensão Rural do Irga. Segundo ele, as demais regiões também devem enfrentar dificuldades para realizar o plantio enquanto o tempo não melhorar.
O mês de outubro é considerado o período ideal para a semeadura do arroz, mas o excesso de chuvas tem prejudicado a preparação do solo em muitas propriedades. “Parte da semeadura deverá ocorrer apenas em novembro”, afirma Alexandre Velho, presidente da Federarroz.
Apesar do atraso, Velho ressalta que ainda é cedo para projetar o volume da próxima safra, pois a área total a ser plantada ainda precisa ser consolidada. Além disso, a previsão de inversão climática e a possibilidade de falta de chuva nos próximos meses geram incertezas.
“No momento, estamos com excesso de água, mas podemos enfrentar a falta dela nos próximos meses”, alerta Velho.
Mercado do arroz em equilíbrio
Enquanto a situação na lavoura se define, o mercado do arroz mostra uma certa estabilidade. Com a saca de 50 quilos sendo comercializada em torno de R$ 120,00, o momento é de equilíbrio entre produtores, indústria e varejo, com uma leve tendência de queda nos preços para o consumidor.
