As projeções apontadas pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) no mês de novembro, aponta que, embora tenha ocorrido um aumento da área cultivada de tabaco na safra 2024/2025, os preços devem se manter em patamares semelhantes ao da safra passada. O levantamento leva em conta, fatores climáticos, que devem equilibrar a produção, descartando uma possível supersafra.
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A safra de tabaco sul-brasileira 2024/2025 projeta um aumento significativo na área plantada, atingindo 309.982 hectares, o que representa um crescimento de 9,08% em relação à safra anterior. O Paraná lidera o aumento, com 13,63% (83.981 ha), seguido por Santa Catarina, com 11,78% (94.212 ha), e Rio Grande do Sul, com 4,60% (131.789 ha). Analisando por tipo de tabaco, o incremento de área é de 9,17% para o Virginia, 6,54% para o Burley e 18,23% para o Comum.
O número de famílias produtoras também apresentou um aumento, passando de 133.265 na safra 2023/2024 para 138.020 na safra atual, um crescimento de 3,57%. O Paraná novamente lidera o aumento, com 10,10% (27.062 famílias), seguido por Santa Catarina, com 4,03% (41.720 famílias), e Rio Grande do Sul, com 0,96% (69.238 famílias).
Classificação do tabaco, deverá ser feita dentro das propriedades rurais
Para a safra deste ano, os fumicultores estão na expectativa de que a lei estadual que determina a classificação do tabaco dentro das propriedades rurais seja cumprida. Alguns relatam já terem sido comunicados pelas fumajeiras, de que a compra ocorrerá conforme a classificação.
O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcilio Drescher, atribui o aumento da área cultivada e do número de famílias produtoras à alta rentabilidade das últimas safras de tabaco, em comparação com outras culturas. No entanto, ele alerta os associados, para a importância de que não haja um aumento da área cultivada, tendo em vista, a lei de oferta e de procura.
“Viemos de duas safras que foram, para uma grande parte dos produtores de tabaco, muito lucrativas, com uma alta rentabilidade, e os grãos e outras culturas não estão sendo tão rentáveis. Isso, além de levar à um aumento de área, faz com que ocorra o retorno de famílias produtoras à cultura”, disse o presidente.
A estimativa inicial para a produtividade também aponta para um aumento de 25,67% em relação à safra passada, com médias de 2.276 kg/ha para o Virginia, 1.991 kg/ha para o Burley e 2.028 kg/ha para o Comum. Santa Catarina lidera o incremento de produtividade, com 34,05%, seguida pelo Rio Grande do Sul, com 22,13%, e Paraná, com 21,50%.
Em termos de volume de produção, a estimativa inicial aponta para um incremento de 37,08%, totalizando 696.435 toneladas produzidas no Sul do Brasil. Santa Catarina lidera o aumento, com 49,84% (225.239 toneladas), seguida pelo Paraná, com 38,06% (190.160 toneladas), e Rio Grande do Sul, com 27,75% (281.037 toneladas). Drescher ressalta que estas são estimativas iniciais e que o clima será o fator determinante para o resultado final da safra. A Afubra acompanhará as informações semanalmente até o fim da safra.