Em 23 de dezembro de 1995 a cidade de Camaquã enfrentava uma das enchentes mais devastadoras de sua história. Uma enxurrada atingiu o município, deixando marcas profundas na memória de seus habitantes. O evento foi tão significativo que até mesmo meteorologistas que o vivenciaram ainda recordam a intensidade das chuvas.
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De acordo com a Agência Nacional das Águas, entre os dias 23 e 24 de dezembro de 1995, Camaquã registrou impressionantes 345,9 milímetros de chuva. Esse volume extremo de precipitação causou inundações severas, afetando diversas áreas da cidade e provocando uma crise sem precedentes.
BR-116 em Camaquã, precisou ser aberta na época, originando uma “ponte seca”
O bairro Getúlio Vargas foi o mais atingido pela enchente, devido ao represamento de água na Sanga do Passinho. Em uma medida desesperada para aliviar a situação, os moradores abriram parte da BR-116 para permitir o escoamento da água que inundava o bairro. Essa ação improvisada foi crucial para mitigar os danos imediatos.
Atualmente, no local onde a rodovia foi aberta, existe uma ponte seca, construída para evitar novos alagamentos e garantir a segurança da população. A enchente de 1995 não apenas testou a resiliência dos camaquenses, mas também impulsionou melhorias na infraestrutura da cidade, visando prevenir futuras tragédias.
O evento foi amplamente noticiado pelos principais meios de comunicação da época, destacando a gravidade da situação e a resposta da comunidade local. Para os moradores de Camaquã, a enchente de 1995 permanece como um marco de destruição e superação, cujas lições devem influenciar as políticas de gestão de desastres naturais na região.
Recentemente, a prefeitura de Camaquã contratou um estudo hidrológico sobre a situação do município. O objetivo é de que este documento, sirva para nortear as ações do Governo Municipal, para que obras de melhorias na infraestrutura, ocorram para prevenir novos danos ocasionados pelas ações do clima.