Na última terça-feira (28), o Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, confirmou a implantação de 12 novas praças de pedágio no Rio Grande do Sul. O projeto, denominado “Rota da Integração”, visa conectar Porto Alegre a Uruguaiana e Panambi à malha viária regional. Essa iniciativa ocorre em um momento delicado para a economia da região, que já enfrenta desafios significativos.
A Zona Sul do Estado, que atualmente conta com praças de pedágio sob a concessão da Ecosul, com tarifas que chegam a R$ 19,60, verá a adição de novas praças na BR-116. O deputado federal Daniel Trzeciak expressou sua preocupação em entrevista à Rádio Acústica FM nesta quarta-feira (29), destacando os impactos negativos que essa medida pode ter sobre a economia local.
Trzeciak criticou o governo, afirmando que a decisão de aumentar o número de praças de pedágio é “inadmissível” e “absurda”, especialmente em um momento em que a região luta para se reerguer economicamente após as dificuldades do ano passado. O deputado ressaltou que a situação se torna ainda mais complicada para as indústrias locais, que já enfrentam altos custos operacionais:
“Quem está em Rio Grande hoje, para chegar até Porto Alegre, já paga três pedágios. Com mais praças, a inviabilidade econômica se torna evidente”, afirmou.
Além disso, o deputado destacou a falta de clareza quanto às tarifas que serão aplicadas nas novas praças, uma vez que o novo leilão ainda não definiu esses valores:
“A obra da duplicação da BR-116 foi realizada com recursos do contribuinte, e agora a nova concessionária deve operar com uma rodovia já duplicada, o que é uma lambança do governo federal”, criticou.
Trzeciak também fez um apelo à mobilização da população e das lideranças locais contra a instalação das novas praças. Ele enfatizou a necessidade de um diálogo mais efetivo entre o governo e a população da metade sul do estado, que, segundo ele, não foi devidamente consultada sobre essas mudanças.
Segundo o parlamentar, a proposta de expansão do sistema de pedágios é vista por muitos como uma tentativa de segregação econômica, afastando a metade sul do estado das regiões mais desenvolvidas Com a previsão de leilão para o segundo semestre deste ano, o deputado se comprometeu a lutar contra essa medida e a buscar alternativas que promovam o desenvolvimento da região, sem onerar ainda mais a população:
