Durante o programa “Primeira Hora” desta quarta-feira (29), o deputado estadual Marcus Vinicius de Almeida (PP) manifestou sua oposição à proposta de instalação de uma nova praça de pedágio na BR-116, entre Camaquã e Porto Alegre. O parlamentar considera que essa medida seria uma grande injustiça para a metade sul do Rio Grande do Sul, que já enfrenta desafios significativos em relação à infraestrutura rodoviária.
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A declaração de Almeida ocorre após uma coletiva do ministro dos Transportes, Renan Filho, na terça-feira (28), na qual foram apresentadas as carteiras de concessões e otimizações planejadas para 2025. O deputado criticou a falta de diálogo e transparência do governo federal em relação a essa nova proposta de pedágio, que, segundo ele, desrespeita os compromissos firmados durante uma audiência pública realizada em dezembro de 2024 na Assembleia Legislativa do estado.
Na audiência, o foco foi o encerramento do contrato da Ecosul, empresa responsável pelo Polo Rodoviário de Pelotas, que está previsto para 2026. O Tribunal de Contas da União (TCU) havia determinado que a nova licitação deveria corrigir distorções históricas, como tarifas abusivas e a baixa qualidade dos serviços prestados. Almeida enfatizou que a instalação de um novo pedágio sem resolver essas pendências seria inaceitável.
“O que está prestes a ser anunciado desrespeita não apenas a metade sul do estado, mas todos os usuários dessas rodovias, que já enfrentaram anos de tarifas injustas e serviços ineficientes”, criticou o deputado. Ele destacou que a prioridade do governo federal deve ser recuperar os valores que a comunidade gaúcha tem direito, antes de lançar um novo edital de concessão.
Almeida também lembrou que, de acordo com o TCU, a Ecosul causou um prejuízo de mais de R$ 800 milhões aos usuários da rodovia. Para ele, é fundamental que o governo planeje esses investimentos de maneira responsável e adequada, garantindo que as necessidades da população sejam atendidas antes de considerar a implementação de novos pedágios.