Os moradores do bairro Vila Jardim têm manifestado preocupações relacionadas à fumaça e fuligem provenientes das operações da Cooperativa de Cereais de Camaquã (Coopac). Em uma entrevista ao programa Primeira Hora da Rádio Acústica FM, o presidente da cooperativa, Volzear Longaray, e o gerente, João Francisco Aguiar, esclareceram a situação e as ações que estão sendo tomadas para mitigar os impactos na comunidade.

Durante a entrevista, Longaray destacou que a Coopac não realiza o beneficiamento de grãos, mas sim a secagem e o armazenamento, atividades que a antiga CESA já executava desde 1975. Ele enfatizou que, ao assumir a operação, a cooperativa se comprometeu a melhorar as condições de trabalho e a reduzir os incômodos gerados pela atividade:
“Estamos fazendo tudo o que é preciso para atender às demandas da comunidade e das autoridades”, afirmou.
Os representantes da cooperativa ressaltaram que, desde a sua entrada na unidade, diversas melhorias foram implementadas, como a contratação de profissionais especializados em questões ambientais e a realização de obras para minimizar a poeira e o barulho. Longaray mencionou que a cooperativa está em conformidade com as exigências do Ministério Público e da FEPAM, e que estão em andamento medições de barulho e poeira para avaliar os impactos das operações.
João Francisco Aguiar, por sua vez, destacou o trabalho contínuo da cooperativa para responder às queixas dos moradores:
“Não estamos parados. Desde que assumimos, temos tomado medidas proativas para resolver os problemas apontados”, afirmou. Ele também mencionou a retirada de mais de 542 mil quilos de matéria orgânica do pátio da cooperativa, o que contribuiu para a redução da poeira na região.
Os gestores da cooperativa pediram paciência aos moradores do bairro. Eles ressaltam que a melhoria dos processos leva tempo e que a cooperativa está comprometida em continuar investindo em soluções que beneficiem tanto a operação quanto a comunidade.