A Ecovias Sul (antiga Ecosul) apresentou uma proposta de “contrato tampão” para continuar operando nas rodovias BR-116 e BR-392, no Rio Grande do Sul, após a confirmação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de que o trecho ficará pelo menos um ano sem cobrança de pedágio.

A informação foi divulgada pelo colunista de GZH, Jocimar Farina, em publicação realizada na manhã desta segunda-feira (17). Segundo ele, a concessionária calcula que, com o contrato temporário, a tarifa poderia cair dos atuais R$ 19,60 para R$ 8 ou R$ 9.
Atual contrato de pedágio termina em março do próximo ano
O contrato atual da Ecovias Sul termina em 3 de março de 2026. A proposta de um contrato tampão, com duração aproximada de 12 meses, permitiria à empresa manter os serviços de socorro médico e mecânico, além de realizar a manutenção do pavimento de forma mais frequente do que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
As prefeituras da região também evitariam um corte brusco em seus orçamentos, já que recebem o Imposto sobre Serviços (ISS) do pedágio.
O Tribunal de Contas da União (TCU) não vê objeções a esse contrato temporário. Ainda de acordo com o jornalista, a Ecovias Sul alega ter cerca de R$ 40 milhões a receber da ANTT, referentes a investimentos não previstos em contrato para a reconstrução de três pontes danificadas pelas enchentes de maio. A empresa também não obteve o reajuste da tarifa em 2025, que, segundo seus cálculos, elevaria o valor para R$ 21,95.
Enquanto isso, moradores da zona sul do estado organizam um abaixo-assinado contra o valor dos pedágios na região. O grupo, liderado pela ex-prefeita de Cristal, Fábia Richter, discorda de qualquer otimização do contrato da Ecovias Sul e também se opõe à possibilidade de novas praças de pedágio entre Camaquã e Porto Alegre.
O movimento estima já ter coletado 100 mil assinaturas e pretende dobrar esse número até o final de março.
Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!