Desde o final de março de 2025, trabalhadores que possuem valores não resgatados no antigo fundo PIS/Pasep, encerrado oficialmente em 2020, podem solicitar o saque desses recursos. Estima-se que aproximadamente 10,5 milhões de pessoas, que atuaram com carteira assinada ou como servidores públicos entre 1971 e 1988, tenham direito a cerca de R$ 26 bilhões ainda não reclamados.
O valor médio por beneficiário é de aproximadamente R$ 2.800, podendo variar de acordo com o tempo de serviço e o salário recebido na época.
Para facilitar o acesso a esses recursos, o Ministério da Fazenda lançou a plataforma digital REPIS Cidadão. Essa ferramenta permite que os trabalhadores ou seus herdeiros consultem a existência de valores disponíveis e orienta sobre os procedimentos para realizar o saque.
O acesso à plataforma exige autenticação nos níveis prata ou ouro do sistema Gov.br, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
A plataforma centraliza todas as informações necessárias para a consulta e o resgate dos valores remanescentes do fundo. A solicitação do saque deve ser feita pelo aplicativo do FGTS, e o pagamento é realizado exclusivamente pela Caixa Econômica Federal.
Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) e podem ser depositados na conta bancária do beneficiário ou em uma conta poupança social digital acessível pelo aplicativo Caixa Tem.
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Sobre datas de pagamento do PIS/Pasep
As datas de pagamento variam de acordo com o momento da solicitação. Quem pediu o saque até 28 de fevereiro de 2025 recebeu os valores em 28 de março.
Para pedidos feitos até 31 de março, o pagamento será em 25 de abril, e assim sucessivamente, seguindo um calendário que se estende até janeiro de 2026 para solicitações feitas até o final de 2025.
É importante destacar que o resgate refere-se ao antigo Fundo PIS/Pasep, extinto em 2020, e não deve ser confundido com o atual programa de abono salarial do PIS/Pasep. Este último, de 2025, é destinado a trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos que tiveram carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2023, com remuneração média de até dois salários-mínimos.
A iniciativa do governo busca garantir que os trabalhadores tenham acesso a valores que lhes são de direito, promovendo uma redistribuição justa dos recursos acumulados ao longo dos anos.