Diante da confirmação de casos de gripe aviária (Influenza Aviária H5N1) em aves silvestres no Brasil, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) reforça que o consumo de carne de frango e ovos segue seguro, desde que respeitados cuidados básicos de higiene, armazenamento e preparo dos alimentos.
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“É importante tranquilizar a população: a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de frango ou ovos devidamente cozidos. O risco está no contato direto com aves infectadas, não no alimento”, explica o presidente do CRMV-RS, Mauro Moreira.
Para garantir a segurança no consumo, o CRMV-RS orienta:
- Cozinhe bem carnes e ovos, evitando consumir alimentos crus ou malpassados;
- Higienize as mãos e superfícies que tiveram contato com alimentos crus;
- Armazene corretamente os produtos em refrigeradores, observando a validade;
- Dê preferência a produtos de origem conhecida, inspecionados e com selo de fiscalização.
O contato direto com aves infectadas é o principal risco para humanos, por isso é fundamental que apenas profissionais treinados lidem com esses animais e em condições controladas. Em caso de suspeita de gripe aviária em aves silvestres ou domésticas, não se aproxime e comunique imediatamente as autoridades sanitárias. A população não deve manipular aves mortas ou doentes. Em caso de dúvida, sempre peça orientação às autoridades. “O Brasil tem um sistema de defesa sanitária robusto, com vigilância permanente. Mas é essencial que a população faça sua parte e siga as orientações de segurança alimentar”, complementa o presidente do CRMV-RS.
O que fazer em caso de contato direto com aves infectadas
Se uma pessoa tiver contato com uma ave possivelmente contaminada pela gripe aviária (Influenza Aviária H5N1) — viva ou morta — o CRMV-RS indica as seguintes medidas imediatas:
- Evitar novo contato com a ave e com o ambiente onde ela estava;
- Lavar bem as mãos com água e sabão e higienizar roupas e calçados usados no local;
- Não tocar o rosto, especialmente olhos, nariz e boca, após o contato;
- Procurar uma unidade de saúde e informar o contato com ave suspeita. Mesmo que não haja sintomas, é importante relatar o ocorrido;
- Ficar atento a sinais de gripe nos 10 dias seguintes, como febre, dor de garganta, tosse, falta de ar ou conjuntivite;
- Comunicar o caso imediatamente às autoridades sanitárias do município.
Tanto na prevenção quanto na contenção da gripe aviária, médicas e médicos-veterinários são protagonistas, protegendo a saúde humana, animal e o equilíbrio ambiental. “Os profissionais atuam na vigilância sanitária e epidemiológica de aves silvestres e de produção, na orientação de granjas, criadores e instituições sobre biosseguridade, assim como na investigação e notificação de casos suspeitos, identificando sinais precoces da doença e no controle de surtos, definindo medidas técnicas para conter a propagação do vírus”, enumera Mauro Moreira, ao citar também a contribuição à sociedade ao divulgar informações sobre cuidados no contato com aves e no consumo de alimentos de origem animal.