Aposentados rurais de Camaquã vêm enfrentando um problema preocupante: descontos não autorizados em seus benefícios previdenciários. O tema ganhou destaque recente após relatos de diversos trabalhadores rurais que, ao conferirem seus extratos, perceberam valores sendo subtraídos sem consentimento ou explicação clara.
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Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camaquã, Lindomar Bergmann, os casos de descontos indevidos têm se multiplicado nos últimos meses. “Temos recebido inúmeros relatos de associados que notaram cobranças de empréstimos, seguros ou mensalidades de entidades desconhecidas, sem nunca terem autorizado esses débitos. Isso é um desrespeito ao trabalhador rural, que já enfrenta tantas dificuldades”, afirma o presidente.
O sindicato, atento à gravidade do problema, intensificou as ações de orientação e apoio aos aposentados. Entre as principais medidas estão a análise detalhada dos extratos de benefícios, o encaminhamento de pedidos de cancelamento das cobranças e, quando necessário, a busca por soluções judiciais para reaver os valores descontados. “Nosso papel é garantir que o aposentado não seja lesado. Muitas vezes, eles não sabem a quem recorrer ou têm dificuldade de entender a origem desses descontos. Estamos aqui para intermediar e lutar pelos direitos deles”, explica Bergmann.
Além do suporte direto, o sindicato mantém parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG) para fortalecer a atuação em casos coletivos e pressionar órgãos responsáveis por maior fiscalização e transparência. A orientação do sindicato para todos os aposentados rurais é conferir regularmente o extrato do benefício, questionar qualquer desconto desconhecido e procurar imediatamente o sindicato em caso de dúvida ou irregularidade. “Estamos prontos para ajudar, seja orientando, cancelando cobranças ou indo à Justiça, se necessário”, reforçou.
O problema dos descontos indevidos nas aposentadorias rurais evidencia a vulnerabilidade de um segmento fundamental para a economia e a cultura do país. Em Camaquã, a mobilização do sindicato mostra que, com organização e apoio, é possível defender direitos e garantir dignidade a quem trabalhou a vida toda no campo.