Search
[adsforwp-group id="156022"]

Polícia amplia cerco a bandidos que assaltaram fábrica na Serra

img_2064_foto_1.jpg

Após a fuga dos criminosos que assaltaram uma fábrica de jóias em Cotiporã, na Serra gaúcha, a polícia ampliou o cerco para outras regiões do Rio Grande Sul. Na madrugada desta quarta-feira, os bandidos fizeram um agricultor como refém no interior de Bento Gonçalves, também na região serrana. Horas depois, a vítima foi liberada em São Vendelino, onde, segundo a polícia, um comparsa deu apoio ao grupo. De lá, os assaltantes utilizaram três veículos para fugir – um deles, um Chevette, era do refém. O carro teve pane mecânica e a quadrilha precisou abandoná-lo no caminho.

Em entrevista, o comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Sérgio Abreu, acredita que o bando deixou a mata de Cotiporã no mesmo dia em que liberou a família Buratti, mantida na mira dos criminosos por cerca de 20 horas. “Provavelmente eles devem ter saído da região naquele mesmo dia que eles fizeram os reféns (em Cotiporã). Por que eles fazem reféns? Para assegurarem que a polícia não ia buscar o confronto. Provavelmente eles buscaram informações sobre o local, ultrapassaram o rio, foram para outra região, se esconderam e nesta madrugada fizeram novos reféns”, resumiu.

Celulares e toucas ninja usados pelos assaltantes foram apreendidos no matagal, o que, de acordo com Abreu, indica que a fuga já teria ocorrido há mais tempo. O policiamento em Cotiporã, no entanto, será mantido. “Na segunda-feira, quando vasculhamos a região onde eles esconderam os reféns, encontramos indícios de que eles já tinham saído de lá. Nós vamos manter o policiamento porque isso ajuda a resgatar a tranquilidade naquela comunidade. Mas sabemos que o foco na localização desses criminosos vai para outras áreas do Estado”, explicou.

Agora, Brigada Militar e Polícia Civil trabalham de forma conjunta para localizar o grupo. Apesar da incerteza sobre o destino dos criminosos, o coronel acredita na prisão. “Essa fuga ajuda bastante, porque eles se expuseram de novo. Praticaram outros crimes e a responsabilidade aumenta em termos de criminalidade. Cada movimento contribui muito para a elucidação”. A identidade dos assaltantes, conforme Abreu, está praticamente confirmada. “O importante disso é que já temos bem avançada a certeza da identificação desses quatro e isso é importante nesse processo”, ponderou.

O assalto em Cotiporã

Na madrugada do último domingo, criminosos entraram em confronto com a Brigada Militar após uma tentativa de assalto à fábrica de joias Guindani. O grupo usou explosivos para detonar a empresa. Três bandidos morreram no conflito com os policiais, entre eles Elisandro Rodrigo Falcão, o homem mais procurado do Rio Grande do Sul. Ele foi baleado no rosto ao tentar ultrapassar uma barreira policial.

Os foragidos fizeram o casal Ademir e Ivone Buratti, as quatro filhas e o genro reféns enquanto se escondiam em um matagal na região. Cerca de 20 horas depois, a Brigada Militar fez o resgate das vítimas. O governador Tarso Genro esteve coma família na terça-feira e ofereceu ajuda psicológica da Secretaria de Saúde.