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Governador do estado diz que irá vender helicóptero para cortar gastos

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (7), a uma plateia de empresários em Porto Alegre, que vai vender o helicóptero executivo do governo. A medida está no rol de ações para reduzir gastos.

Leite participou de evento do Lide-RS. A medida inusitada, que se soma a outras como a baixa de mil veículos próprios e revisão de locações para corte de despesas, foi apresentada à plateia. Segundo Leite, é um esforço do governo no ajuste das contas públicas. A secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, detalhou algumas das definições em entrevista ao Jornal do Comércio.

A aeronave, um helicóptero Bell 230, tem valor de mercado estimado em R$ 2,6 milhões e demanda um custo de manutenção em torno de R$ 3 milhões para o período de um mandato – R$ 750 mil ao ano.

Conforme explica o tenente-coronel Danubio Lisbôa, comandante do Batalhão de Aviação da Brigada Militar, o processo se dará por leilão e já estava em andamento – novidade é a determinação do governador, que autoriza efetivar o processo.

Mesmo se desfazendo desta aeronave, o Estado ainda conta com outras cinco na frota do Batalhão de Aviação, que atendem demandas nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente, por exemplo: duas do modelo Esquilo AS 350 B, duas do modelo Koala AW 119 e uma aeronave de pequeno porte do modelo King Air. Por não ser mais fabricado, a reposição de peças do Bell 230 torna sua manutenção cara para o Estado, mas, no entendimento de Lisbôa, pode ser interessante para um empresário do ramo.

O governo também busca mudar a Constituição Estadual retirando a exigência de plebiscito para privatizar três estatais – CEEE, Sulgás e CRM. Os ativos devem ser usados para fazer o acordo do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) com a União sobre a dívida pública. O governador pediu apoio do setor empresarial às reformas, que devem incluir ainda a revisão da carreira do funcionalismo. Leite disse que “tudo que puder deve ser operado pelo setor privado”. A afirmação arrancou aplausos da plateia.