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Exportações do Rio Grande do Sul apresentam queda em 2012

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Quatro fatores derrubaram, em 2012, as exportações do Rio Grande do Sul. Foram US$ 2 bilhões a menos, na comparação com o saldo exportado no ano anterior, conforme números do balanço apresentado nesta quinta-feira (10), na sede da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Segundo o economista Bruno Breyer Caldas, a primeira causa foi interna, a estiagem. Em valores, a seca reduziu em mais de 50%, além de US$ 1 bilhão, as exportações brutas do complexo soja: farelo, óleo e grão. Os demais fatores foram externos, com destaque ao protecionismo da Argentina. 

As restrições criadas, envolvendo licenças de importação, geraram cancelamento de compras da indústria do Estado pela Argentina, em especial calçados e produtos químicos. A terceira causa, observou Caldas, foi a queda das exportações de carnes de suínos, bovinos e frangos devido ao embargo do governo da Rússia, ocorrido no final de 2011 e boa parte de 2012. Além desse problema, houve ainda forte aumento dos custos de produção de frangos e aves. Isso diminuiu a capacidade de exportação e retraiu mercados importadores como os do Leste da Ásia. 

Na avaliação do economista da FEE, a queda na demanda internacional, causada pela recessão mundial em 2012, foi liderada pelo baixo crescimento da economia dos Estados Unidos e Europa. O fato trouxe mau desempenho em diversos setores da pauta de exportações do RS. O resultado final de todo o quadro levou o Rio Grande do Sul a passar de quarto para o quinto Estado exportador do Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

O saldo das exportações do RS no ano passado foi de 17,4 bilhões. Em volume físico, o total exportado foi (-11,1%) em relação a 2011. No Brasil houve alta de 1% no volume físico. 

O preço das exportações gaúchas cresceu 0,6%,enquanto a média nacional apresentou queda (- 6,2%). A consequência foi a diminuição de 10,5% no valor obtido com as exportações. Quanto aos grandes destinos, as exportações do Estado para a China, em 2012, tiveram redução de US$ 522 milhões (-15,4%), à Argentina, queda de US$ 436,5 milhões (-22,1%), à Rússia, menos US$ 180 milhões (- 53,3%) e ao Vietnã, US$ 104,6 milhões (-46,4%). O trabalho da FEE apronta como fatos positivos o melhor desempenho das exportações aos Emirados Árabes Unidos (+67%),ou US$ 136 milhões, à Ucrânia (+136,4%),ou US$ 131,4 milhões e à Coréia do Sul (+57,5%), ou US$ 110,6 milhões.