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Fruticultura é alternativa aos produtores do Tabaco

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Desde o mês de agosto de 2012, a Emater/RS-Ascar tem realizado dezenas de reuniões técnicas, cursos e saídas de campo com o objetivo de contemplar a Chamada Pública do Tabaco, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que visa trabalhar alternativas para a diversificação da platação de fumo.

Desenvolvida nos municípios de Passo do Sobrado, Boqueirão do Leão, Progresso, Rio Pardo, Cerro Branco, Novo Cabrais e Paraíso do Sul, a atividade beneficiará 640 famílias de agricultores, que poderão encontrar maneiras de diversificar a sua produção, estando alinhadas com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). 

Como forma de atender a este objetivo, foi realizado, na última sexta-feira (1º), curso sobre fruticultura na propriedade do produtor Avelino Vetorazzi, na localidade de Lajeado do Meio, em Progresso. Na ocasião, foram abordados diversos cultivos, com destaque para a viticultura.

Para o assistente técnico regional em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Derli Paulo Bonine, esta foi a oportunidade para apresentar aos participantes algumas tecnologias de produção, com destaque para a elaboração de caldas e para a proteção das videiras. “Também se tratou do aproveitamento da uva, tanto no comércio in natura como por meio da elaboração de vinhos”, salientou. 

Cursos sobre apicultura, avicultura colonial, bovinocultura de corte e de leite, olericultura, piscicultura, silvicultura, entre outros, também foram abordados, em datas e localidades distintas, durante a execução da chamada pública, que deve se encerrar no próximo mês de abril.

Para o gerente adjunto do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, Luiz H. Bernardi, o processo permite uma intensificação do trabalho de assistência técnica, junto às propriedades rurais. “O diagnóstico individual possibilita um conhecimento profundo da situação de cada produtor”, avalia. 

Bernardi enfatiza que os cursos e reuniões técnicas – escolhidos em reuniões prévias pelos próprios produtores – representam a diversificação não apenas para a propriedade, mas para a comunidade como um todo, o que gera boa repercussão. “De qualquer maneira, é importante salientar que a reconversão da atividade baseada no cultivo do tabaco, para a atividade escolhida, é um processo gradual e não imediato”, lembra. “É fundamental que o agricultor continue com a principal fonte de renda, que é o tabaco, enquanto busca a estruturação da atividade alternativa”, diz. “Isto, até um ponto em que o agricultor não mais necessite da renda do tabaco para a manutenção da família”, ressalta. 

Sobre a CQCT 
O principal objetivo da CQCT é preservar as gerações, presentes e futuras, das devastadoras consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas do consumo e da exposição à fumaça do tabaco. Ela estabelece como algumas de suas obrigações a elaboração e a atualização de políticas de controle de tabaco, o estabelecimento de um mecanismo de coordenação nacional e de cooperação com outros Estados e a proteção das políticas nacionais. 

Entre as principais medidas estabelecidas pela CQCT estão: reduzir a demanda por tabaco, reduzir a oferta de produtos de tabaco, proteger o meio ambiente, incluir as questões de responsabilidade civil e penal nas políticas de controle de tabaco e promover a cooperação técnica e científica e o intercâmbio de informação, com a elaboração de pesquisas nacionais relacionadas ao tabaco e seu impacto sobre a saúde pública.