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“Pior administrador que Camaquã já teve”, declara Ivo Ferreira sobre João Carlos Machado

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O programa Primeira Hora, transmitido na manhã desta segunda-feira (26), recebeu o prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira. Acompanhado do secretário da Saúde, Luciano Pereira Dias, e do secretário da Infraestrutura, Rafael de Moura, o prefeito falou sobre o relatório realizado por uma empresa de auditoria, que apontou irregularidades na Secretaria de Saúde de Camaquã, durante os exercícios de 2014, 2015 e 2016. Durante a entrevista, Ivo Ferreira criticou o governo de João Carlos Machado: “Com todo respeito que tenho por ele, mas foi o pior administrador que Camaquã já teve, nos últimos anos”, atacou.

O atual prefeito de Camaquã mostrou irritação com uma declaração concedida pelo ex-prefeito João Carlos Machado ao jornalista Kevin Oswaldt, em entrevista na última sexta-feira (23). Na ocasião, ao ser informado pela reportagem sobre a denúncia, o ex-prefeito declarou que Ivo Ferreira está “tentando achar algo que não existe” e criticou o atual prefeito: “Fico surpreso de uma atitude tão primária, absurda, mesquinha e maldosa”, declarou. A frase incomodou Ivo Ferreira, que defende que o relatório com as irregularidades tem como objetivo fazer “as coisas corretas”.

Na entrevista concedida ao programa Primeira Hora, o prefeito admitiu que o cidadão foi beneficiado com a realização de um número de consultas superior ao previsto em contrato. Para Ivo Ferreira, no entanto, o gestor deve em primeiro lugar “fazer a coisa correta”, além de “pensar no município como um todo”. O atual prefeito declarou que João Carlos Machado devolveu a gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Estado com 48 irregularidades. Ivo Ferreira também lembrou a entrega da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ao Estado e criticou a omissão do ex-prefeito quando às irregularidades na saúde: “Foram três anos desviando recursos em baixo do nariz dele e ele não vê?”, questionou.

Irregularidades

Durante o programa, o prefeito e os secretários explicaram todas as irregularidades ocorridas na saúde durante a gestão da saúde do ex-secretário Robson Marques, que era responsável pela pasta no governo de João Carlos Machado. O relatório detalhando as denúncias foi apresentado pelo governo aos vereadores na última sexta-feira. O Grupo Maciel analisou os contratos de sete empresas que prestaram serviço ao município durante o período, sendo verificadas 100% das notas fiscais emitidas.

Uma das irregularidades apontadas diz respeito ao descumprimento contratual. Cada empresa tinha um limite de consultas pré-estabelecido através de contrato. O relatório aponta que era realizado um grande volume de consultas, geralmente acima ao que contempla os Termos de Credenciamentos, para faturamento de valores dos serviços prestados. Além disso, uma das empresas também realizou procedimentos cirúrgicos não autorizados através de contrato. Ao todo, foram 20 notas fiscais referentes aos serviços, totalizando R$ 202 mil. 

O relatório ainda apontou que há empresas que não apresentaram notas fiscais referentes a serviços prestados ou apresentaram notas sem informações adequadas. Ainda há relatórios de pacientes atendidos com xerox apagados, nomes repetidos várias vezes, codificados com o mesmo procedimento e pelo mesmo funcionário.

Outra irregularidade apontada pelo relatório diz respeito à utilização de verbas federais e estaduais, em atividades diferentes da sua finalidade original. Foram retiradas verbas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Programa Farmácia Popular, por exemplo. Os valores foram utilizados para o pagamento de consultas médicas.

Confira a entrevista na íntegra: