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Em coletiva, João Carlos Machado irá responder denúncias de irregularidades na saúde

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O Progressistas, partido de João Carlos Machado, marcou uma entrevista coletiva para a próxima terça-feira (10), a partir das 9h, no diretório da sigla. No evento, o ex-prefeito de Camaquã deve responder as denúncias de irregularidades durante a gestão da saúde do ex-secretário da Saúde de Camaquã, Robson Marques, nos exercícios de 2014, 2015 e 2016.

Na coletiva, João Carlos Machado também deve responder críticas recebidas pelo atual prefeito Ivo Ferreira. Em entrevista concedida à Rádio Acústica FM, no dia 26 de agosto, Ferreira declarou que o ex-prefeito é o “pior administrador que Camaquã já teve”.

Irregularidades na saúde

Um relatório realizado por uma empresa de auditoria apontou irregularidades na Secretaria de Saúde de Camaquã, durante a gestão de Robson Marques, nos exercícios de 2014, 2015 e 2016, período em que o município era governado pelo prefeito João Carlos Machado. O material foi apresentado pelo atual prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira, em reunião com os vereadores, realizada na tarde desta sexta-feira (23), na prefeitura. A Rádio Acústica FM foi a única emissora convidada para participar do encontro e obteve o documento com exclusividade.

O Grupo Maciel analisou os contratos de sete empresas que prestaram serviço ao município durante o período, sendo verificadas 100% das notas fiscais emitidas. Uma das irregularidades apontadas diz respeito ao descumprimento contratual. Cada empresa tinha um limite de consultas pré-estabelecido através de contrato. O relatório aponta que era realizado um grande volume de consultas, geralmente acima ao que contempla os Termos de Credenciamentos, para faturamento de valores dos serviços prestados. Além disso, uma das empresas também realizou procedimentos cirúrgicos não autorizados através de contrato. Ao todo, foram 20 notas fiscais referentes aos serviços, totalizando R$ 202 mil.

O relatório ainda apontou que há empresas que não apresentaram notas fiscais referentes a serviços prestados ou apresentaram notas sem informações adequadas. Ainda há relatórios de pacientes atendidos com xerox apagados, nomes repetidos várias vezes, codificados com o mesmo procedimento e pelo mesmo funcionário. Outra irregularidade apontada pelo relatório diz respeito à utilização de verbas federais e estaduais, em atividades diferentes da sua finalidade original. Foram retiradas verbas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Programa Farmácia Popular, por exemplo. Os valores foram utilizados para o pagamento de consultas médicas:

Ao final da reunião, o prefeito Ivo Ferreira entregou o documento ao presidente da Câmara de Vereadores de Camaquã, Fabiano Medeiros. Para o chefe do executivo é uma função dos vereadores a fiscalização e o “poder de polícia”. Na reunião, os parlamentares falaram sobre a possibilidade de abrir uma CPI para investigar o caso, no entanto, nada foi decidido por enquanto.

No mesmo dia, a reportagem da Rádio Acústica FM ligou para o ex-prefeito João Carlos Machado. O político desconhecia a existência do relatório e foi informado pela emissora sobre a reunião do prefeito Ivo Ferreira com os vereadores. Machado destacou que as contas da sua gestão foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado: “Ele (Ivo Ferreira) quer achar uma coisa que não existe, eu nunca fui convidado para ir lá me explicar, mesmo sendo parte interessada”, declarou. “Fico surpreso de uma atitude tão primária, absurda, mesquinha e maldosa”, concluiu. A Rádio Acústica FM também tentou contato com o ex-secretário Robson Marques, mas a ligação caiu na caixa postal.