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Tapes pretende operar o porto do município ainda em 2014

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Na próxima semana, a empresa Fará Gerenciamento de Negócios pretende solicitar e encaminhar na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) o processo de licença prévia para a construção de um terminal hidroviário em Tapes. A expectativa é de que o porto inicie as operações no segundo semestre de 2014.

O diretor da Fará Gerenciamento de Negócios, Paulo Dorneles, relata que foi adquirida uma área de 367 hectares no município para abrigar o terminal e um distrito industrial. Apenas no porto, deverão ser investidos aproximadamente R$ 120 milhões e, no parque industrial, em torno de R$ 100 milhões. Esse último complexo concentrará empresas usuárias do terminal.

De acordo com o executivo, já há um volume de carga assegurado de 84 mil toneladas de grãos por mês. Outra perspectiva de demanda é gerada pela chinesa Shiyan Yunlihong Industrial and Trade Company, que irá instalar na cidade vizinha de Camaquã a sua fábrica de caminhões e de veículos comerciais leves. Os recursos para a instalação do porto serão provenientes de financiamento da Caixa Econômica Federal e também do apoio de fundos de investimentos. 

Quando concluída, a estrutura deve gerar de 800 a mil empregos diretos nas suas atividades. O terminal contará com um berço de 600 metros e 6,10 metros de calado. O fato de que será implantado em uma região estratégica, na Lagoa dos Patos, entre os portos de Rio Grande e Porto Alegre, com a possibilidade de uma futura conexão com a Lagoa Mirim (a chamada hidrovia do Mercosul), também deixa otimistas os investidores do empreendimento.

Dorneles detalha ainda que o governo federal comprometeu-se com a realização do acesso rodoviário até o terminal e que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também executará dragagens na lagoa. O prefeito de Tapes, Silvio Rafaeli, recorda que um dos motivos originais para o desenvolvimento do porto foi a produção de arroz na região. Rafaeli afirma que, dentro de um raio de 50 quilômetros da localidade, há 16 empresas que industrializam o produto, beneficiando de 80 mil a 90 mil toneladas ao mês.

Sobre o Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH), lançado na terça-feira pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), não ter citado o empreendimento de Tapes, o dirigente comenta que o projeto do seu município está muito mais adiantado do que os citados pelo estudo. “Os projetos listados terão que começar do zero, o nosso já tem investidor”, comemora Rafaeli.