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Especialista fala sobre caso de bebê que morreu após alta hospitalar com 1.850 gramas

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O médico Paulo Sérgio Mário concedeu entrevista à Rádio Acústica FM, na manhã desta segunda-feira (23). Com especialidade em pediatra neonatologista, ele falou sobre o caso do bebê prematuro que morreu após alta hospitalar com 1.850 gramas. O caso foi noticiado pela Rádio Acústica FM na última semana e ganhou uma grande repercussão na comunidade.

De acordo com o especialista, a capacidade do bebê é mais importante que o peso na hora de fazer um diagnóstico. No entanto, Mário alegou que o Hospital Nossa Senhora da Conceição, onde ele atua há quase 20 anos, não costuma dar alta para bebês com peso inferior a 2 kg, embora haja exceções. O médico ainda destacou que em caso de alta para prematuros uma série de coisas devem ser observadas, como a facilidade de fazer o acompanhamento de saúde e a capacidade da família em receber o bebê em casa.

Na entrevista, Paulo Sérgio Mário ainda falou sobre a importância de um município possuir uma rede integrada de saúde e desejou que este caso sirva de aprendizado. Confira na íntegra:

Entenda o caso

Na última semana, o programa Primeira Hora recebeu o casal Henrique Jacobsen e Simone Oliveira, pais de Pyettro Henrique de Oliveira Jacobson, bebê prematuro que morreu com apenas 13 dias de idade. A família acusa um médico camaquense de negligência, já que o recém-nascido recebeu alta hospitalar com apenas 1.850 gramas, de acordo com os pais.

Os pais da criança registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Camaquã contra o profissional, que atua no Hospital Nossa Senhora Aparecida. O caso começou quando Pyettro nasceu prematuro de uma gestação de sete meses, no dia 2 de dezembro. Internado no hospital de Camaquã, o recém-nascido iniciou o tratamento, mas acabou recebendo alta médica no dia 4 de dezembro.

De acordo com o Ministério da Saúde, caso o bebê nasça prematuro e/ou com baixo peso (menor que 2.500 gramas), e precise ficar internado, o SUS disponibiliza uma atenção humanizada não só ao recém-nascido, mas a toda sua família. De acordo com os pais de Pyettro, o médico nem sequer tentou leito para o bebê.

No dia 10 de dezembro, os pais da criança chegaram a levar o bebê para vacinação. A técnica de enfermagem, entretanto, atestou que o bebê não tinha peso suficiente para receber as doses. Na data, Pyettro pesava 1.380 gramas, abaixo do peso que havia deixado o hospital seis dias antes.

O bebê acabou sofrendo várias paradas cardíacas na noite do dia 13 e veio a óbito na madrugada do dia 14 de dezembro. Na certidão de óbito, a sepsis neonatal, pneumonia e prematuridade são apontadas como as causas da morte do recém-nascido.