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Aumento do número de casos de dengue não significa epidemia no Estado

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No Rio Grande do Sul, atualmente, foram registrados 147 casos de dengue, sendo 58 autóctones (contraídos no RS). Mesmo com a situação sob controle, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) investe em medidas de prevenção para evitar a proliferação da doença. Um total de R$ 2,6 milhões foram repassados a 126 municípios para o combate ao mosquito transmissor da doença. O aumento do número de casos corresponde ao reflexo de todo o país, não podendo ser considerado uma epidemia no Estado. 

De acordo com a chefe da divisão de vigilância epidemiológica da SES, Marilina Berfini, o trabalho de prevenção é realizado pelas prefeituras em parceria com o Estado. “Neste momento, as equipes dos municípios estão trabalhando intensamente para acabar com os criadouros, identificando lugares de água parada, orientando a população, fazendo pulverização com inseticidas para matar os mosquitos adultos, como é o caso de Porto Alegre e Santa Rosa”. 

O investimento em saúde, direcionado para o combate do Aedes aegypti contemplou municípios do Litoral Norte e Sul, praias de água doce e regiões de fronteira, lugares considerados de maior vulnerabilidade visto a concentração de turistas. “Tudo começa com casos que vem de fora. Os municípios da região noroeste, como Santa Rosa, Santo Ângelo e Ijuí estão em alerta, visto o fluxo de pessoas entre os municípios e a região do Mato Grosso do Sul, que já registrou mais de 10 mil casos”. 

Apesar do número de infectados no Rio Grande do Sul estar abaixo de muitos Estados, Marilina diz que a situação preocupa e alerta para os principais sintomas da doença, que são febre alta, dores no corpo e nas juntas, náuseas, e em alguns casos, diarréia. “Não há sintoma respiratório, e isso que diferencia a dengue da gripe ou virose”. 

Atualmente a fiscalização é realizada pelo Estado, a partir das ações executadas pelos municípios. Os agentes de saúde têm o papel de visitar as residências, monitorar as armadilhas e, principalmente, conscientizar a população sobre medidas de prevenção e os sintomas da doença. 

O trabalho de prevenção e busca de criadouros acontece até o inicio das temperaturas mais baixas, quando o mosquito se retrai, não procria normalmente e não procura tanto sangue. A tendência em locais como o Rio Grande do Sul, de baixas temperaturas, é que diminua a população de insetos. “O aumento do número de casos é reflexo de todo país, as pessoas se movimentam e o vírus acaba se proliferando, o importante é que estamos conseguindo combater os focos e trabalhando a cada ano de forma mais preventiva”. 

Conscientização 
O material educativo disponibilizado pela SES considera todos os cuidados possíveis para a não proliferação dos criadouros. Marilina ressalta que não há receita e que para a prevenção é preciso não obter objetos com água parada (caixa d’água, pneus, vasos de plantas, por exemplo), manter os terrenos baldios limpos e principalmente receber os agentes da dengue. “Infelizmente ainda temos a negativa com o trabalho realizado pelos agentes. É fundamental a visita deles para o diagnóstico e orientação das ações de prevenção e combate ao mosquito. Somente assim podemos diminuir os casos no Rio Grande do Sul”. 

Importante aliado 
O Rio Grande do Sul tem um importante aliado no combate à dengue. O Laboratório Central do Estado (IPB-Lacen/FEPPS) é referência no suporte às ações das vigilâncias epidemiológica e ambiental, comandadas pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). 

O IPB/Lacen faz a análise de amostras de pacientes com suspeita de dengue e também a identificação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Os dois trabalhos são realizados, respectivamente, nas seções de Virologia e de Reservatórios e Vetores. 

Para mais informações sobre medidas de combate ao mosquito sintomas da doença basta acessar o site da SES ou ligar para o Disque Vigilância no número 150.