A Delegacia Especializada no Combate aos Crimes Rurais e Abigeatos (Decrab) de Camaquã concluiu no final do mês de dezembro de 2019, a Operação Invernada, onde identificou um grupo criminoso envolvido na prática dos crimes de abigeato, tráfico de drogas e roubo em residência. A investigação durou três meses.
De acordo com a Polícia Civil, foram esclarecidas seis ocorrências de furto abigeato e uma ocorrência de roubo em uma propriedade rural. Os criminosos realizavam levantamento dos locais para prática de abigeato. Além disso, cada integrante do grupo tinha uma atividade durante os crimes.
A carne oriunda do furto era destinada para venda ou servia como moeda de troca com traficantes, pois, segundo a polícia, o tráfico era o principal meio financeiro do líder dos bandidos. Durante as diligências, telefones celulares foram apreendidos. Diante disso, a Decrab realizou a extração de dados dos aparelhos, que resultou na comprovação dos abigeatos, bem como o tráfico praticado pelo líder do grupo e por sua companheira.
A operação Invernada gerou sete inquéritos policiais, indiciou 10 pessoas pelos crimes de furto abigeato, tráfico de entorpecentes, roubo em residência, receptação e formação de quadrilha. Todos os procedimentos foram encaminhados ao poder Judiciário.
Informações revelam que o chefe dos criminosos pode ser internado no Instituto Psiquiátrico Forense. Para a promotoria, ele foi avaliado como incapaz de exercer qualquer atividade social. A avaliação foi questionada pela Decrab, visto que, segundo a polícia, ficou provado que o líder do grupo não faz uso de medicação controlada e nem faz tratamento médico. Uma nova avaliação foi solicitada.
Embora a Promotoria de Justiça tenha acatado os pedidos da Decrab Camaquã, ou seja, concordando que deveriam ser decretadas as Prisões dos comparsas e a Internação do Líder do Grupo até sua nova avaliação psiquiátrica, o Poder Judiciário não teve o mesmo entendimento, sendo indeferidos todos os pedidos.
