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Carioca é encontrado morto em barco em Tapes

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O carioca e arquiteto, Luiz Fernando Babdeti da Câmara, 61 anos, foi encontrado morto em sua embarcação, Bahia Blanca, nesta quinta-feira, 18, por um amigo e funcionários do Clube Naútico Tapense (CNT), por volta das 9h da manhã.

Ele havia adquirido a embarcação, no Yacht Club de Porto Alegre, em fevereiro, e, desde esta data morava no barco, aguardando que outra embarcação, de um amigo paulista, ficasse pronta, na Marina de Tapes.

Segundo o zelador da Marina, “Bahiano”, o barqueiro tinha uma rotina de vida normal para com todos do local. Bahiano comentou que o barqueiro era de boa conversa, e fez boas amizades desde que chegou, porém relatou que o mesmo não largava um caximbo, “ele fumava muito”.

“Ele desde que chegou aqui, ficou direto. Nunca saiu da Marina. Ele falava que em maio iria embora para Olinda, onde morava. Mas era de boa amizade, lia livros, caminhava, mais fumaça demais”, confirmou o funcionário do clube.
Bahiano relatou ainda que o carioca, mas residente em Olinda, tinha comentado de ir a Porto Alegre, ainda nesta semana, para colocar em dias papéis da embarcação.

A vítima foi vista pela última vez pelo funcionário do clube no domingo, 14. Nesta quinta-feira, 17, pela manhã, o amigo paulista foi procurá-lo no barco, e, estranhou o silêncio. Depois da insistência ao chamá-lo, abriu a porta, entreaberta da cabine, e, deparou-se com o corpo da vítima envolvido em sangue.

“Ele reclamava muito de uma veia num dos braços, e, dizia que já devia ter feito um tratamento, além de uma infecção de ouvido, fora uma contusão num dos pés, mas andava tranquilo”, acredita o funcionário, sobre um possível mal estar repentino e fatal do barqueiro.

Na Delegacia de Tapes, o amigo da vítima, o paulista e também barqueiro, Flávio Ribeiro, 35 anos, contou em entrevista que, conhecera o amigo na Capital, onde ambos adquiriram seus respectivos barcos. Ainda em Porto Alegre, os dois combinaram de seguir viagem para seus estados de origem, São Paulo e Olinda, tão logo sua embarcação ficasse pronta.

“A Costa brasileira não é muito fácil de ser navegada, por isso fazíamos planos de seguir viagem juntos”, afirmou Ribeiro. Flávio Ribeiro não confirmou saber se o amigo teria reclamado de algum problema de saúde, “para mim ele nunca disse, aparentemente estava normal”.

O barqueiro paulista disse que seu retorno, pelo mar, deveria ocorrer em até três meses, no máximo e, de que o amigo, teria combinado de lhe esperar, provavelmente. Ao se deparar com o amigo falecido, disse que o sentimento, além da tristeza, de que ele falecera fazendo o que gostava. “A parte boa era a de que ele morreu fazendo o que ele queria, não exatamente no Mar, mais foi na água. Ele foi feliz, com certeza”, concluiu o barqueiro paulista Flávio Ribeiro. 

Esta foi à primeira morte de um barqueiro junto ao CNT de Tapes. Após o registro na delegacia, o corpo da vítima foi deslocado para o DML de Camaquã, e, após seguiu para traslado para o estado de origem da vítima, no Estado de Pernambuco.