O Hospital Municipal de Novo Hamburgo anunciou, nesta quinta-feira, dia 09, que o bebê que estava internado por Covid-19 na UTI desde que nasceu, no dia 4 de março, ganhou alta nesta quinta-feira. “Ele não apresenta sintomas há mais de 20 dias e está em condições plenas para a alta”, enfatiza o pediatra e especialista em neonatologia Pierre Prunes, que acompanha o caso desde o início. O médico fez questão de combinar com a mãe e a avó a revisão pessoal do bebê dentro de 15 dias. Até lá, deverá permanecer em isolamento domiciliar com a mãe e a avó. Por isso, a Prefeitura está disponibilizando uma equipe de assistência social e psicologia para acompanhar a família, além de uma nutricionista, que vai disponibilizar leite para o bebê, já que ele não está em alimentação ao seio materno.
A prefeita Fátima Daudt comemorou a notícia. “Esta é uma vitória da vida sobre o vírus. Este bebê tem vontade de viver e isso nos emociona muito”, destaca Fátima. “Não poderia deixar de parabenizar toda a equipe do Hospital Municipal por esta notícia. Isso reforça a certeza de que, com as precauções e os cuidados adequados, vamos vencer esta pandemia”, conclui a prefeita. Prunes destaca que o caso de um bebê recém-nascido com Covid-19 é raro. No mundo, há o registro de apenas sete casos, sendo dois no Brasil. Além deste de Novo Hamburgo, há um também na Maternidade Santa Joana, em São Paulo.
O bebê hamburguense, que é um menino, foi isolado na UTI Neonatal do Hospital Municipal logo após o parto por outra doença transmitida de forma vertical (entre mãe e filho no parto). Na UTI, como normalmente ocorre, os pais têm acesso de forma restrita ao filho (os demais internos são isolados entre si). A partir de sintomas no bebê, que chegou a necessitar de entubação, o hospital fez a coleta de material para exames e o resultado veio positivo para Covid-19. “Agora, com o bebê em isolamento pelos próximos 14 dias, ao invés da família se deslocar para o atendimento, a área de saúde da Prefeitura se organizou para ir até a família para os atendimentos”, completa o médico, lembrando que o isolamento domiciliar é muito mais indicado do que a permanência do bebê no hospital.
