Após mais de dois anos do crime que chocou a região, vão a julgamento popular nesta quinta-feira (16), os acusados de participação na morte de um casal no município de Cristal. O crime aconteceu em 23 de dezembro de 2012. O julgamento acontece às 9h no Foro de Camaquã.
Renato Ehlert e a mulher Jaquelaine, ambos com 33 anos à época, desapareceram na antevéspera do Natal. Seus corpos foram encontrados carbonizados no interior de Canguçu no dia seguinte. O irmão de Renato, Fernando Ehlert foi apontado como suspeito e teria confessado o crime.
Fernando foi preso na quarta-feira, durante uma operação de busca e apreensão da polícia, que visava coletar carros, roupas e calçados que pudessem ter sido usados durante o crime. Em sua casa foi encontrada uma arma não registrada, o levando à prisão em flagrante por posse ilegal de armas. Em depoimento, já na delegacia, ele teria confessado o crime.
Fernando disse à polícia que ele e o irmão caçula teriam discutido enquanto negociava a venda de sua parte da serraria, a empresa da família que era administrada por Renato. Os dois teriam entrado em luta e, para se defender, ele teria atingido Renato com um pé-de-cabra. A polícia encontrou outras duas digitais diferentes a de Fernando e das vítimas no local das mortes.
A ação, denominada Operação Ferro e Fogo, foi coordenada pela delegada Karoline Calegari da DP de Camaquã, apontou que, além de Fernando, o filho dele, André de Souza Ehlert e Israel de Souza, ambos de 22 anos, teria participado do duplo homicídio.
Duas semanas após o crime, o empresário Arno Ehlert, de 70 anos, pai de Renato e Fernando foi encontrado morto em casa. O idoso teria cometido suicídio decorrente de depressão.
