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“Podem se contaminar lá e voltar pra Camaquã”, diz representante de trabalhadores dos Correios

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O titular da subsede de Pelotas do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos RS, Emerson Saes, concedeu entrevista ao programa Primeira Hora nesta sexta-feira (7). O Sindicato tem demonstrado preocupação com a saúde dos funcionários, devido a pandemia de covid-19, e também com um suposto processo de desmonte dos Correios.

A principal preocupação é em relação a “empréstimos” de funcionários entre agências, para substituir temporariamente colegas afastados por problemas de saúde, como a covid-19. Conforme Emerson, muitos funcionários que são realocados temporariamente para outras cidades, acabam pegando o coronavírus nos Centros de Distribuição e levando o vírus para suas cidades. Diversos funcionários de Camaquã estão sendo “emprestados”, por exemplo, para Guaíba.

“O que aconteceu foi que as pessoas, ao irem pra lá, se contaminaram e foram para seus locais. Isto aconteceu principalmente em Canoas. Teve problema sério em Canoas pra isso. E a nossa denúncia é que este problema pode acontecer também em Camaquã. Por que, ao ir pra Guaíba, eles podem se contaminar lá, e voltar pra Camaquã e contaminarem seus colegas, seus familiares, e inclusive o público que forem atender mais tarde”.

Ele alega que os Correios não estão fazendo uma higienização correta, como deve ser feita em meio a pandemia. Emerson diz que Camaquã é o lugar que mais realoca seus funcionários em outros municípios, pelo fato da maioria ser jovem e saudável.

O contato diário com o público, durante as entregas, também é uma preocupação do sindicato.

“A gente não tem uma idéia em, como o carteiro anda de casa em casa, quanto ele acaba transmitindo para outras pessoas”, disse Emerson.

Questionado sobre a falta de atendimento por telefone, por exemplo, o que faz as pessoas acabarem indo para filas em frente às agências, o titular alega que parece ser proposital, para criar motivos para a privatização dos Correios.

“A grande meta é vender os Correios. Pra poder vender os Correios, você precisa que o atendimento seja ruim. Infelizmente esta é a realidade de quem está lá em cima. E aí o que acontece? Eles não colocam gente pra atender os clientes, aí as pessoas tem que ficar em fila”.

Assista a entrevista na íntegra: