Mãe da jovem camaquense de 27 anos que morreu devido a covid-19, Andreia Silva dos Santos entrou em contato com a equipe de reportagem da Rádio Acústica FM para detalhar as circunstâncias da morte de sua filha. Marcelle da Silva morreu no dia 1° de agosto, na UTI da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito.
Conforme relato de Andréia, sua filha teve uma trombose venosa profunda (TVP) na perna, causada pelo uso contínuo de anticoncepcional, trombose esta que levou a uma embolia pulmonar. Devido a isto, Marcelle da Silva ficou internada no Hospital Nossa Senhora Aparecida durante quatro dias, recebendo alta no dia 17 de julho.
Marcelle saiu do hospital apresentando quadro de muita tosse, mas foi informada que poderia ser tosse alérgica e, se o quadro piorasse, ela deveria voltar para a emergência. Dois dias após receber alta, o quadro se agravou.
“No domingo ela acordou ruim e fui com ela de novo para a emergência. Lá fizeram outra tomografia, onde detectaram pneumonia viral por covid-19”, disse Andréia.
Marcelle ficou mais dois dias internada no hospital de Camaquã, após isto sendo mandada para fazer isolamento em casa.
Segundo Andreia, na quarta-feira da mesma semana ela retornou com a filha ao Hospital Nossa Senhora Aparecida, onde Marcelle acabou sendo hospitalizada novamente e, no dia 27 de julho, sendo encaminhada para a UTI da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito, onde, cinco dias depois, acabou morrendo.
A mãe da vítima, de 27 anos de idade, relatou que a sua filha se contaminou com o coronavírus no Hospital Nossa Senhora Aparecida.
“Tenho os exames dela para comprovar que ela se infectou no hospital”, afirmou Andreia.
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Marcelle da Silva foi a 11° vítima fatal de covid-19 em Camaquã.
O marido de Marcelle também foi infectado com o coronavírus. Outras pessoas de seu convívio não positivaram para covid-19.
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