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O que pode causar AVC? Saiba sintomas, fatores de risco e prevenção da doença

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No dia 29 de outubro é intensificado a campanha de prevenção ao Acidente Vascular Cerebral pelo dia mundial do AVC. Na manhã desta quinta-feira (15) a neurologista, Brunna Jaeger Teló, esclareceu como e porque acontece o fenômeno popularmente conhecido como derrame cerebral. Segundo a Organização Mundial de AVC, 70 mil brasileiros morrem de AVC todos os anos – essa é a doença que mais mata no país. Um em cada 10 pessoas que sofreram um AVC terão outro ataque nos últimos 12 meses seguintes.

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Conforme a médica, o AVC é uma alteração aguda do fluxo de sangue no cérebro no qual as células deixam de receber oxigênio e nutrientes, consequentemente provocando a morte dessas células: “como se fosse um infarto do coração, uma interrupção de circulação de sanguínea”, afirma. Existem vários tamanhos, formas e apresentações podendo provocar alterações em diferentes funcionamentos do corpo: “se acometer uma região responsável pela fala por exemplo, a pessoa pode perder a fala”, afirma.

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No entanto durante a entrevista, Brunna ressaltou a importância de prevenção e a identificação da doença em cada paciente para o tratamento adequado: “não há como prever um AVC, pode ocorrer em qualquer hora, momento e pessoa”. Em 90% dos casos acontecem em decorrência ao estilo de vida e fatores irregulares da população. Por esta razão, os órgãos de saúde alertam para a prevenção e estimulação de atividades físicas.

 

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A profissional também destacou a diferença entre os dois principais tipos de AVC, sendo eles o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) e hemorrágico. O isquêmico ou infarto cerebral esse entupimento dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais).

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Já o ACV hemorrágico ocorre por sangramento no qual se acumula uma quantidade de sangue por rompimento de artéria, aneurisma cerebral como é conhecido pela população: “dependendo do caso é preciso ser feiro cirurgia e até pode ter risco, exige tratamentos diferentes, é importante a identificação para ser tratado de forma adequada”, destaca.

Conforme o Ministério da Saúde, muitos sintomas são comuns saiba os sintomas e alertas:

– dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos;

– fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;

– paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);

– perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;

– perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Outros sintomas do acidente vascular isquêmico são: tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação. Os ataques isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória e na capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência. Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado.

Aos sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral podem-se acrescer náuseas, vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência. O acidente vascular hemorrágico, por sua vez, comumente é acompanhado por sonolência, alterações nos batimentos cardíacos e na freqüência respiratória e, eventualmente, convulsões. O AVC é uma emergência médica. Se achar que você ou outra pessoa está tendo um, é preciso dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um diagnóstico completo e tratamento!

Fatores de risco:

– hipertensão;

– diabetes;

– tabagismo;

– consumo freqüente de álcool e drogas;

– estresse;

– colesterol elevado;

– doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias;

– sedentarismo;

– doenças do sangue.

Existem fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver o AVC. Características genéticas, como pertencer a raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de AVC. Esses indivíduos, portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes.

Reabilitação:

Parte importante do tratamento, o processo de reabilitação muitas vezes começa no próprio hospital, a fim de que o paciente se adeque mais facilmente a sua nova situação e restabeleça sua mobilidade, habilidades funcionais e independência física e psíquica. Esse processo ocorre quando a pressão arterial, o pulso e a respiração estabilizam, muitas vezes um ou dois dias após o episódio de Acidente Vascular Cerebral e é conduzido por equipe multiprofissional, formada por neurologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

O processo de reaprendizagem exige paciência e obstinação do paciente e, também, do seu cuidador, que tem uma função extremamente importante durante toda a reabilitação. Outro aspecto de considerável importância é a reintrodução do indivíduo no convívio social, seja por meio de leves passeios, compras em lojas ou quaisquer atividades comuns à sua rotina normal.

Com informações do Ministério da Saúde.