O deputado Luiz Marenco, a convite do governador de Corrientes, Gustavo Valdés, participou na semana passada, como representante do Brasil numa reunião virtual com os delegados da Unesco. O encontro com os membros dos vinte e quatro países que formam o Comitê Intergovernamental Para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, ministros e secretários de cultura de diversas províncias argentinas e de outros países nos quais o chamamé é vigente, tratou sobre a candidatura do Chamamé como Patrimônio Imaterial e Cultural da Humanidade, algo que deve ser votado em dezembro deste ano.
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O Chamamé, já consagrado como Patrimônio Imaterial do Mercosul, é considerado pelos estudiosos como algo além de um gênero musical. É canto, dança e reza. É uma forma de ser e estar, “Ñade Reko” em guarani.
A questão religiosa que envolve o chamamé passa pela crença ao “Gauchito Gil” e a adoração à “Nossa Senhora de Itati”, tornando-se uma legítima expressão sociocultural. Por estas e outras razões que esta arte ganha o mundo e populariza um sapukay ou a dança sapateada de um casal, porque não há chamamé sem “sapukay” (clamor em voz alta), sem “Purajhey” (canto) e sem “Yeroky” (dança).
O governo da Província de Corrientes, através do seu Instituto de Cultura, sob a presidência do arquiteto Gabriel Romero e da Festa do Chamamé, dirigida por Eduardo Sívori, lidera o grupo das regiões e países que postulam junto à Unesco a consagração do Chamamé como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade. Nesta importante exposição sobre o tema, o deputado Marenco, que inclusive concedeu a Medalha da 55ª Legislatura àquela província em razão do evento e do trabalho de consagração do Chamamé, legitima a presença do Brasil com sua experiência de artista e sua avaliação como deputado estadual.
“Me sinto honrado e privilegiado em fazer parte deste seleto grupo que se preocupa com o patrimônio cultural e imaterial” afirma Luiz Marenco.