Um grupo de caminhoneiros promovem uma paralisação nacional para o dia 01 de fevereiro aprovada pela Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB) e o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). O presidente da CNTRC, Plinio Dias, em entrevista ao vivo ao programa Primeira Hora na manhã desta sexta-feira (15), detalhou os impasses que favorecem a ação no próximo mês.
Conforme Dias, ocorre a possibilidade de greve dos caminhoneiros principalmente pelo aumento constante no valor do combustível. Segundo ele, as leis importantes destinadas aos profissionais da categoria não são fiscalizadas e obedecidas: “o imposto do combustível como gasolina e diesel competem a toda população brasileira”, afirma.
Além do combustível, o presidente pretende adicionar outros problemas pontuais da categoria: “manter o diálogo com o governo federal para acrescentar mais assuntos” e lamentou a criminalidade a motoristas. Uma pesquisa realizada pela equipe de jornalismo da emissora aponta que em postos localizados na BR-116 em Camaquã, o preço do diesel comum varia entre R$ 3,647 e R$ 3,49.
Entre as pautas solicitadas são apontados os seguintes itens:
– O piso mínimo de frete do transportador autônomo rodoviário de cargas;
– Ciot para todos;
– Pl BR do mar;
– PPI – política de preço de paridade de importação aplicado pela petrobrás ao consumidor nacional;
– Contratação direta do transportador autônomo rodoviário de cargas;
– Aposentadoria especial do transportador autônomo rodoviário de cargas;
– Marco regulatório do transporte;
– Jornada de trabalho do trabalhador (transporte rodoviário de cargas empregado/autônomo);
– Resoluções Contran 701/2020 e 499/2014;
– Fiscalização mais atuante da ANTT.
De acordo com Plínio o grupo é composto por 38 membros entre diretores de conselhos e sindicatos, caminhoneiros empregados e autônomos e devem ocorrer a adesão de diversos locais do Brasil: “está muito bem organizado”, declara.
Confira a entrevista na íntegra:
Em 2018, Camaquã estava entre as cidades do Rio Grande do Sul que protagonizaram manifestações dos caminhoneiros durante nove dias. De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), foram 121 pontos em rodovias estaduais, onde ocorreu concentração de caminhoneiros. A falta de combustível era a principal pauta abordada durante a greve.