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“Mesmo com recordes de mortes, população não leva o problema a sério”, diz jornalista de Manaus

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O Programa Primeira Hora desta sexta-feira (15) trouxe em primeira mão direto de Manaus, a jornalista Ana Maria Reis, da rádio Rio Mar, detalhando o que está acontecendo nos hospitais da Capital do Amazonas.

Até o momento da entrevista, alguns poucos pacientes já haviam sido transferidos para hospitais de outros estados. Estimativas relevam que aproximadamente 750 pessoas, devem deixar Manaus nos próximos dias.

Os estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Goiás, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal estão aptos a receber pacientes. O governador Eduardo leite, também colocou leitos no Rio Grande do Sul à disposição.

Em relação a falta dos cilindros de O2, Ana enfatizou que a demanda de oxigênio por dia é muito maior que a capacidade suportada pelos fornecedores locais. Diversas pessoas já perderam a vida asfixiadas durante esse colapso na saúde dos amazonenses.

Ainda na madrugada, a primeira Aeronave da Força Aérea Brasileira chegou ao estado carregada de cilindros. Porém, o processo de desembarque das aeronaves leva em torno de oito horas. Pela manhã, alguns hospitais já haviam recebido unidades de oxigênio, outros ainda não.

Mesmo depois de uma ordem judicial autorizar o Governo do Estado a confiscar os cilindros das empresas privadas, familiares desesperados estão procurando empresas que estejam vendendo O2 de forma particular.

A repórter ainda relatou que mais de 500 pessoas aguardam na fila por um leito e que muitas destas, acabam morrendo em casa, antes mesmo de atendimento médico. O número de sepultamentos bate recorde há uma semana.

Desde ontem, a Capital passa pelo primeiro “toque de recolher” desde o início da pandemia. As autoridades locais, confirmaram que o processo eleitoral, além das festas clandestinas e aglomerações de final de ano, tiveram importante contribuição para o atual momento.

Fiscalizações intensas serão feitas pela Polícia Militar nos próximos 10 dias.

Cientistas estudam a possibilidade do Amazonas estar sendo atingido pela nova cepa do Coronavírus.

A Justiça Federal determinou que a União transfira pacientes do Amazonas que possam morrer por falta de oxigênio.