Médico e ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta participou do programa Acústica News nesta quarta-feira (20). Entre as pautas abordadas, o início da vacinação contra covid-19 no Brasil, as fake news referentes às vacinas e o colapso no sistema de saúde de Manaus.
Mandetta acredita que as fake news, apesar de fortes nas redes sociais, não devem afetar a imunização do país. Ele diz que o governo federal perdeu tempo e optou por criticar as vacinas e plantar entre seus apoiadores mentiras sobre as vacinas e que isto atrasou a imunização no Brasil. O ex-ministro também diz estar preocupado com a falta de planejamento por parte do Ministério da Saúde, mas afirma que o Brasil tem cultura de vacinação.
Sobre o colapso no sistema de saúde de Manaus, onde diversas pessoas morreram asfixiadas por falta de cilindros de oxigênio, Mandetta definiu como uma “barbeiragem do Ministério da Saúde”. Ele afirma que o governo já havia sido alertado desta possibilidade logo no início da pandemia e que ele, enquanto ministro da Saúde, explicou a situação para o presidente Jair Bolsonaro.
“Como o motorista de um carro que não olha o marcador de combustível, ou que deixa o marcador de combustível estragado, uma hora o carro para. Se chama pane seca. O que aconteceu em Manaus é exatamente isto”, disse ele.
Questionado se pretende concorrer à presidência da República em 2022, Mandetta despistou, mas disse que o país está totalmente polarizado politicamente.
“O que eu sonho é que o Brasil pare com essa rivalidade de PT contra Bolsonaro. O PT fala todos os dias “vota em mim, senão o Bolsonaro fica” e os bolsonaristas falam todos os dias “vota em mim, senão o PT volta”, como se só existisse no Brasil estes dois campos. Existe massa crítica, o homem moderado, o homem de bem, o homem que quer trabalhar sem saber que existe governo. Governo bom é o governo que não te preocupa”.
Assista a entrevista na íntegra:
